sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

A Meca do Cinema


A greve dos argumentistas por terras do tio Sam esteve para causar o encerramento da cerimónia dos Óscares. Pensaram, vejam lá, transferi-la para terras castrejas. Mas como tudo se resolveu à última da hora, e para que este povo da Lusitânia não ficasse a chuchar no dedo, os produtores de Hollywood, num acto pouco usual de simpatia, decidiram promover por cá a cerimónia de entrega das ditas estatuetas, levando a concurso as individualidades cinematográficas mais representativas deste burgo.
E os nomeados são...

Na categoria de Melhor Filme do Ano que vem:
1 – "Esquadrão classe BPA", versão Herbert Richards;
2 – "Rambancho, parte 15", continuação da sequela do herói que, encarnando a mítica figura de um prelado da justiça disposto a combater até à exaustão por causas perdidas e que não existem..

Na categoria de Efeitos Especiais:
1 – Frei Fuck, stunt e génio inventor de uma armação de óculos capaz de suportar o uso de três lentes distintas, umas sobrepostas nas outras, cada uma delas proporcionando uma visão mais apardalada da realidade (especial destaque para as lentes fundo de garrafa de Sumol);
2 – Zás Pás, responsável por belos trechos poéticos e recuperação de salvados que permitem aos veículos das diversas produtoras de Hollywood a aguentar arruamentos urbanos apenas possíveis nas localidades do Kurdistão Iraquiano orientadas na direcção do Hindu Kush afegão;

E na Categoria de Melhor Argumentista:
1 – Faifas, o Inquiridor (não conheço...), pelas suas suculentas “postas de pescada”, que revolucionaram a literatura gastronómica tradicional e mereceram menção de agrado da parte do Capitão Iglo;
2 – Alípio Macieira Castanheiro, pelas ardentes polémicas que atearam fogo um pouco por todo o lado, e que não houve bombeiro nem corporação que as apagasse...

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Puzzle da Política Castrense (4)


Pensamento do dia:

"Enquanto não vier um Galileo afirmar que a Terra é redonda e achatado nos polos, porque razão é que havemos de deixar de ser Católicos e acreditar no Papa de Roma para passar a ter fé num qualquer Henrique VIII, que apenas ambiciona em ser o maioral e montar um hárem, nem que para isso tenha de mudar de religião? Ou pior do que isso: passar a acreditar numa qualquer lista de Calvinistas e Luteranos que, depois de velhos, se lembram de mexer o cu, sem saber muito bem qual o caminho a seguir?"

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

FORUM IPSIS VERBIS



Tema da semana

Qual é para si a freguesia com a economia mais sólida e preparada para ultrapassar a crise do crédito hipotecário nos Estados Unidos (crise do subprime)?

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Em busca das Minas da Pasmaceira

Em terras de boa tradição cristã, como são as castrejas, é sempre bom ouvir histórias do esotérico misturadas com mitologia e crendice balofa, onde a ciência ocupa o lugar de Salomão. Tais histórias dão lugar a realizações literárias notáveis, tais como "O Nome da Japoneira" de DOISBERTO BECO entre outras mais recentes que todos conhecem. A última manifestação de tais fenómenos teve lugar, ao que parece, bem no coração da nação castreja e foi sua protagonista uma irmandade que decidiu, de forma espontânea, enveredar por espinhosos caminhos. Despojou-se de tudo o que era supérfluo, de todas as coisas mundanas, vestiu um hábito e cingiu os cilícios.
De cada vez que acontece uma coisa destas há sempre uma novidade. Os santos – sim, porque parece que esta irmandade está no caminho para se tornar uma lídima representante das vias da beatitude – iniciam uma nova vida, duma missão que os preecha e, à parte das habituais, têm sempre uma característica que o distingue das demais figuras da hagiografia cristã. Pertencendo já a uma espécie de Ordem guerreira, souberam que em caves bafientas jaziam, ocultos do olhar público, artefactos redigidos outrora por igrejos escrivas do tempo das cruzadas que, quando saira o foral D. Sancho I que restringia o consumo de morangueiro dentro de regias instalações frequentados pela plebe (mais conhecida como a HEPATIUS PROTECTIUS LEX) não tinham nada que fazer e, à falta de uma caixa de email farta em pornochanchada havia que ocupar o tempo. Estes artefactos encriptavam em si mapas que davam acesso aos mais impressionates tesouros que estariam guardados nas conhecidas Minas da Pasmaceira, que situavam bem no meio do reino perdido do Caciquistão para lá da cordilheira de Cotelo (isto para quem está na orientação Panchorra-Sul). Não foi de modas: havia que proteger estes tesouros e depois de ver três vezes seguidas o Filme "Indiana Jones” e Rambo, os nossos heróis reuniram um conjunto de técnicas que lhe permitiram, a posteriori, levar a cabo a magnífica e boamente cristã tarefa de chamar a si a responsabilidade de preservar esses tesouros para a posterioridade. Pronto, aí está um bom romance em perspectiva.