sexta-feira, 30 de novembro de 2007

O Bom, o Mau... e o Trapalhão


Afinal eu tinha razão! Não é só aquela rotunda lá em cima que tem a sua génese em qualquer coisa de sensacional que o olho comum não consegue descortinar. Por exemplo: a encruzilhada junto ao Jardim. Soube agora, após muitas horas de estudo apurado, que, na realidade, o que ali temos é uma grandiosa homenagem a um dos ícones maiores da cinematografia do século XX - essa pérola do "western spaghetti", O Bom, o Mau, e o Vilão. Trata-se, pelos vistos, de uma espécie de remake do filme, uma vez que os condutores, quando ali chegam em simultâneo, todos se põem a inquirir o camarada a ver quem saca primeiro...da primeira!!! Vem aquele vento que desce directamente das encostas do Montemuro, levantando consigo o pó dos pinheiros, o tempo parece congelar-nos na garganta, e eis que está criado o setting para o trielo fatal que encerra a fita.
Os motores aquecem, as mudanças são engrenadas, os olhares cruzam-se, mortíferos. Há um odor a morte no ar, e os arranques estão iminentes, podem dar-se a qualquer momento... De repente, um automobilista saca o pé da embraiagem, o chaço precipita-se sobre o asfalto e... foda-se, não tinha a prioridade!!!
Tudo acaba num piscar de olhos relampejante. Chega-se ao fim. E assim é escrita uma das páginas mais grandiloquentes da... Declaração Amigável de Sinistro Automóvel, numa fita que ficará para sempre conhecida entre as companhias de seguros como O Bom, o Mau... e o Trapalhão!!!...

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Filosofia da rotunda


Não pude ficar indiferente a esta recente polémica sobre a tão famigerada rotunda lá ao pé da loja das televisões. Também eu circulo diariamente pelas ruas desta vila, e também me vou apercebendo de formas e obras muito peculiares. Mas não sou uma pessoa de polémicas. Na realidade, faço sempre um voto de confiança nas pessoas e procuro sempre descobrir, para os actos dos outros, uma razão talvez mais remota, não tão imediatamente acessível, que justifique porque decidiram fazer uma coisa de determinada forma. E o facto é que chego a conclusões que nunca se esperariam. Por exemplo, nada tenho contra essas alterações no trânsito da nossa vila, porque em todas essas obras eu tenho descoberto o seu verdadeiro motivo, motivo esse que em muito contribui para a modificação, para melhor, refira-se, dos hábitos e costumes das gentes castrejas.
A tal rotunda constitui, na verdade, um exemplo de como não nos devemos deter perante os imprevistos e ocorrências mais impensáveis, aprendendo, em vez, a contorná-los. Foi o que fiz a primeira vez que ali passei. Agora já me habituei. E o que é que ficou daí? Bem, posso dizer que sou um homem novo. Agora, perante a coisa mais bizarra que me apareça à frente, não me fico, inerte e perplexo, nem critico ninguém. Procuro antes encontrar em mim a forma de superar o inusitado obstáculo. E isto ajuda-me em tantas outras coisas da minha vida, como, por exemplo, quando necessito de evacuar e a vontade começa a sobrepor-se, de forma vigorosa, à capacidade de resistência do esfíncter, não havendo um WC por perto, logo a minha faculdade de superação de obstáculos sonda o terreno em redor, em busca de uma giesta ou de um pinheiro que possa servir de biombo aos meus alívios mais recônditos. Em última instância... borro-me todo!

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Direito de Resposta

Tendo sido contactado novamente pelo Sr. Orlando Simões de Freitas Lúcio, de Pendilhe, vejo-me na obrigação eu diria jurídica de lhe conceder o direito de resposta perante os comentários que lhe foram dirigidos na sequência da sua apreciação sui generis a uma certa rotunda. A sua resposta também me parece rotunda, mas nem isto deveria eu dizer, sob o risco de soar a parcial.
Cito-o, então:

“Minha cara senhora, da minha burrice faço eu ponto de honra, e não tolero que ma critiquem jamais, ou que a ponham em causa. Sou burro e assumo-o, ponto final. Mas tal como o Einstein, que era um génio, apenas previa ser compreendido por outro que fosse também um grande génio, eu só espero também ser compreendido por alguém que, na razão da minha semelhança, também seja um grande burro, ou BURRA!
Ao Einstein, poucos ou quase nenhuns compreendiam, excepto os grandes génios. Mas a mim, que não sou génio mas burro, e com orgulho, a senhora demonstrou, ainda que discordando, ter compreendido muito bem o meu discurso. Isso é significativo, até porque, de outra forma, não se revoltava.
Eu, como já disse, não sou um génio, mas sim um burro. Porém, a minha linguagem foi por si reconhecida. Que lhe posso dizer? Obrigada, minha senhora, por não ser um génio!”

Aqui fica, para quem de direito.
Sic transit gloria mundi, já dizia o outro!

Paisagens da nossa terra


PINHEIRO - CASTRO DAIRE
Eis uma fotografia da nossa bonita terra. Esta sacada da Net

PRÉMIO TOMATES TAVEIRA (2)

Caríssimos,

É com todo o prazer que divulgo a primeira contribuição para nomear o vencedor do Prémio TOMATES TAVEIRA de 2007!

O Orlando Limões de Freitas Lúcio que nos escreve de Pendilhe diz o seguinte:

"O que mais me mete impressão em Castro Daire é o PEIDO em forma de rotunda que está ali na rua das finanças ao pé da loja das televisões. Não percebo qual é o interesse daquela merda ali! Afinal já não passam tantos carros como antigamente desde que abriram o IP3\A24. Não percebo nada! Devo se eu que sou muita burrro." (fim de citação)

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

PRÉMIO TOMATES TAVEIRA


Olá a todos!

É com satisfação que vos comunico que a I edição do certame CU-À-MOSTRA teve um sucesso tremendo. Com sucesso tal, a gente não deve ter medo de lançar mais medidas culturais no sentido de promover a cultura Castrense. De tal forma que será instituído o Prémio Tomates Taveira para distinguir aquelas obras castrenses que mais fazem para transformar esta nossa terra no CU de Portugal.

As nomeações serão feitas pelos nossos fieís internautas por indicação expressa dos mesmos na categoria "Só sabem estragar! que merda é esta?".
Aguardamos os vossos contributos que, tal como as fotos, serão publicadas neste fórum!

O prémio para a melhor contribuição será contemplado com ele todo lá dentro de uma querida qualquer chamada Suzineide...!

Patacoadas...

Eu, Inquiridor Faifas, passo a citar o conteúdo de uma missiva que me chegou via pomba-correio, vinda das mãos desse grande Doutor das Letras, Narcísiotónio Malemérito Patacoeira. Que bela pomba, Narcísiotónio!... Cito:

“Mais cedo falaras, mais cedo viera eu a público mostrar o meu semblante. E digo-te, Faifas, não é um semblante alegre... É, antes, um semblante carregado de tristeza. Na verdade, sinto um tal luto, como morrera em mim toda a razão para ser feliz. Isso aconteceu depois de ler a tua reportagem sobre o Certame “CU-À-MOSTRA.” Este Certame, se para muitos foi um motivo de satisfação, para mim, na realidade, lançou-me a alma num negrume, que dele não vejo saída possível.
Como sabes, Faifas, eu sou um pacato cidadão da Freguesia do CUSÓ, e, como decerto compreenderás, um cu só é um cu triste, e isso ainda mais quando todos os outros cus andam por aí, a pavonear-se publicamente, a mostrar as suas curvaturas adiposas, as suas fartas penugens, e a gabar-se das suas espaventosas proezas... Também o meu cu tem essa ambição, mas eu já lhe disse que quando ele abre a boca é só para dizer merda, e que, portanto, ele devia abandonar a ideia. Tem estado deprimido e recusa-se a trabalhar. Eu, em consequência, ando preso há 15 dias!...
Amigo Faifas, como explicar ao meu cu que estamos forçados, pelas ancestrais leis da Freguesia do CUSÓ, a manter os nossos cus no anonimato? Por outro lado, não posso ignorar que vivemos tempos de revolução, e que, portanto, qualquer cu tem o direito a gozar dos ares da liberdade. Eu sei, eu compreendo... Os cus são como as pessoas: gostam de ser afagados, que lhes passem a mão, que lhes dêem carinho. Eles, em compensação, depois também nos mostram o que de melhor trazem dentro de si, deitando cá para fora o seu verdadeiro eu...
Por isso digo, contra todas as leis: UM CU SÓ É UM CU TRISTE; UM CU QUE SE MOSTRA... É UM CU FELIZ!... Vamos todos mostrar o cu ao manifesto, camaradas!...”

E eis que assim termina a minha citação. O resto não interessa. Eram apenas indicações sobre a melhor forma de guisar a pomba.

sábado, 17 de novembro de 2007

I Edição do Certame “CU-À-MOSTRA”


A todos os que acusam estas terras dessa maleita crónica denominada “marasmo cultural”, aliás tão crónica que já havia quem pensasse que se tratava de uma enfermidade incurável, e que só morrendo o bicho é que morria a peçonha, aqui fica o exemplo da pujante vitalidade cultural que vai vicejando por estes lados: refiro-me a um evento que, a par com outros, decorreu no Verão de S. Martinho, juntando muitos populares.
Óbvio que as castanhas e o vinho ajudaram muito. É aliás notório que onde haja de comer e beber a “culturalidade” do evento acabe por se tornar um aspecto mais ou menos lateral. O que importa é encher a leira. Se o que lá está é uma escultura do tempo dos Budas ou um penico em barro da Oficina do Ti Zé Maria, em Ribolhos, isso é irrelevante.
A I Edição do Certame “CU-À-MOSTRA” veio pôr a nu toda uma série de artefactos que achamos serem de extrema utilidade para futuros estudos antropológicos, pela quantidade de matéria para estudo que encerram. Podemos ali aprender muito sobre a maneira de ser das gentes castrejas. Claro que o principal elemento a destacar consiste na figura do “rabo”, o qual se encontra na encruzilhada de muitas das actividades que enformam o tecido social e económico destas terras.
Primeiro, há que referir que o pessoal anda habituado a agachar-se cada vez mais, e com tendência a piorar. Naturalmente, quanto mais uma pessoa se agacha, mais se lhe vê o rabo, e daí que, por princípio, uma pessoa devesse evitar ao máximo agachar-se, pois podem ver-lhe o rego ou ter outros vislumbres bem mais insuspeitos. E depois há também a questão de ninguém gostar de expor o seu rabo desta maneira, correndo o risco de, ao encontrar-se, precisamente, nessa posição, alguém, ainda assim, o reconhecer. Isto seria muito desagradável, pois sendo reconhecido pelo rabo, o indivíduo teria todo o direito a concluir que tinha cara-de-cu. É razoável, contudo, que se pense assim.
Em segundo lugar, o cidadão médio tem todo o direito a reclamar das condições de vida que lhe vão sendo impostas, e é claro que o cidadão castrejo não pode ser considerado uma carta fora do baralho. Também a ele lhe impõem severas condições de vida e entraves ao seu desenvolvimento, e, por isso, o cidadão castrejo, em todas as circunstâncias em que se aperceba de que o querem tapear, tem todo o direito a vociferar: “Porra, já me estão a ir ao cu!” Metaforicamente falando, é claro.
Mas o que importa relevar, em todo o caso, é o cu, ou seja, o rabo. O rabo é, por assim dizer, o interface de comunicação do indivíduo com o mundo que o rodeia, tornando-se, por essa via, uma espécie de palimpsesto. Não admira, portanto, que o devamos considerar como uma fonte virtualmente inesgotável de informação para aquele que se esforça por compreender a maneira de ser própria destas gentes. Mas isso deixo para os académicos, tal como o eminente Dr. Narcísiotónio Malemérito Patacoeira, especialista em patacoadas, e de quem espero ter uma contribuição brevemente nestas páginas virtuais.
Entretanto, uma última palavra para a propriedade da época que escolheram para a realização deste evento: o Verão de S. Martinho. É indiscutível que castanhas assadas e rabo são, indefectivelmente, dois elementos que casam na perfeição. Embora, por vezes, tal relação se possa tornar tempestuosa, o facto é que se trata de uma união indissociável, selada pela natureza própria das coisas.
Cá ficaremos, pelo nosso lado, ansiosamente à espera de mais uma edição do “CU-À-MOSTRA”, pois, está visto, é de “CU-À-MOSTRA” que o povo gosta!...

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

ACEITAM-SE FOTOS DA NOSSA TERRA, SOBRE A NOSSA TERRA E DAS NOSSAS GENTES (Claro)!!!!!!!!!


Quem quiser ver publicadas fotos sobre Castro Daire (Paisagens, Insólitos, situações diversas e com as nossas gentes) poderá fazê-lo com auxílio deste nosso/vosso Blog. Para isso enviem as vossas fotos para o mail castrodaire_blog@hotmail.com.

Agradecemos toda e qualquer contribuição!

No entanto: toda e qualquer foto enviada terá de ser escrutinada segundo os critérios editoriais deste Blog!
Todas as solicitações terão resposta atempada.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Dieta de Emagrecimento nas AEC

É louvável, numa era em que os maus hábitos alimentares estão instalados e a própria produtividade das economias nacionais se ressente com problemas anteriormente tão impensáveis como a obesidade, que um “idílio” municipal tenha iniciativas que contribuam para a perda de peso por parte dos seus cidadãos. Além disso, contribui também, como verão, para a requalificação de certas expressões linguísticas que, anteriormente, colhiam uma má impressão por parte dos falantes do idioma português. Exemplo disso é a expressão “trabalhar a seco!” Isto é, vergar a mola, no duro, sem ver nada!...
Em deambulações por esta terra, chegou-me aos ouvidos que os funcionários da Universidade Para Crianças, que aí ministram as cadeiras de AEC – A Escravidão Consentida -, já não são remunerados de há dois meses a esta parte, ou seja... desde que começaram a trabalhar! Há pouco tempo, portanto, segundo os padrões regionais...
Pensais que é mau? Condenais o idílio municipal porque não paga a quem trabalha? Estais redondamente enganados! O idílio preocupa-se, e muito, com a saúde dos seus trabalhadores. Por isso engendrou este PEIDO – Plano de Emagrecimento Integral Dirigido a Otários -, na linha de outras merdas que costuma fazer. A táctica é privar os trabalhadores que endoutrinam a diciplina de AEC do graveto que lhes permite comprar os víveres indispensáveis à sua sobrevivência.
Ao fazê-lo, conseguem controlar a voracidade e a gula de tais indivíduos, reduzindo-lhes drasticamente o peso a curto prazo. Menos pesados, é claro que ficam mais ligeiros e, logo, mais aptos para o trabalho, aumentando a produtividade, além de que elimina potenciais quadros de hipertensão arterial. Um plano, portanto, genial!
Há realmente quem não durma e pense no bem-estar dos outros. Quanto ao dinheiro que deveria servir para pagar a estes indivíduos, deve andar para aí metido dentro dum saco não sei de que cor...
Também se não aparecer, não há problema. Como dizia o outro, a saúde é uma coisa que não tem preço, e, portanto, dinheiro algum a poderá pagar! Por isso, longa vida ao idílio municipal, porque pensa em tudo e em todos, até só neles próprios!...

ÚLTIMA HORA: Consta que, a instâncias do idílio, a “Sopa dos Pobres”, multinacional na área da Restauração, irá abrir uma filial por terras castrenses. Eles não deixam ninguém desamparado. Eles pensam em tudo. Gente boa...

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Cada cabeça, sua sentença, cada artista, seu calhau...

A criação artística é realmente das coisas mais extraordinárias de que um ser humano é capaz. Eu próprio, se tivesse mais tempo, dedicava-me de corpo e alma à arte. Aprendia um instrumento, a esculpir pedra, a pintar quadros... Assim, como não disponho de muito, tenho de me contentar com uma tela que lá tenho em casa, a qual vou borrifando com tinta, conforme os desencargos me permitem.
Porém, a paixão que desenvolvi, entretanto, pela pintura é tal, que tenho tirado horas ao sono, e, a pouco e pouco, tenho vindo a especializar-me em naturezas mortas. A minha fonte de inspiração? Castro Daire. Mas isto, atenção, só porque não tenho realmente disponibilidade para aprimorar o meu talento. Também por isso, não podeis concluir que as minhas obras reflectem a minha maneira de ser. Reflectem antes a falta de tempo para realizar a minha maneira de ser, o que é diferente, e daí as naturezas mortas...
Outros há, contudo, bem mais sortudos, que criam arte, e a arte que criam tem um elo directo com a sua maneira de ser. Ou seja, a obra espelha a alma do artista.
Passeiem pelas ruas da vila e verão, se abrirem bem os olhos, quantas obras de arte não existem à nossa volta, até debaixo dos nossos pés, quando passeamos serenamente... É só procurar. Ultimamente, até reparei, em especial, na profusão de pedra que há por aqui. Penso: Eeeeena, tantos calhaus!!! De quem será a autoria de tal "masterpiece"? - pergunto-me eu, totalmente maravilhado.
Desde então, tenho procurado por todo o lado e mais algum pelos autores de tantos, tantos calhaus...Quero conhecê-los, imbuir-me da sua mestria, tornar-me permeável aos seus ensinamentos, para que possa, ao menos, ter um vislumbre da sua genialidade, e descubra em que medida tais calhaus são sintomáticos do que os artistas são, ou seja, saber até que ponto os referidos calhaus espelham a alma de tais sumidades...
Mas tenho tido dificuldade em encontrá-las. Onde andam elas?...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

O toque de Midas

Vejo tantas coisas a acontecer fora do normal nesta terra, que às vezes creio existirem por aqui forças paranormais. E depois já espero que tudo aconteça: mulheres de barba, homens-elefante, políticos sérios... Já estou por tudo, como se costuma dizer.
Agora tenho reparado, e tenho até estudado, certos fenómenos que, na sua medida própria, parecem reproduzir certas faculdades que nos habituámos a ouvir em histórias do fantástico, em fábulas, etc. Só a título de exemplo, e porque esta é talvez das que mais têm aparecido, vou demonstrar-vos a factualidade do que arguo: tenho constatado, no decurso das minhas indagações, que há pessoas que estão em certos cargos de responsabilidade, sejam eles mais elevados ou menos, e que para lá vão a pretexto de ideais que estão supostamente acima delas próprias: servir os outros, ajudar a comunidade...
Estas são as bandeiras que sacodem, bem alto no ar, quando querem ir para lá. Prometem que vão fazer assim. E é que o fazem mesmo, ainda que seja só por um determinado período – errado fora, desde logo, revelar o seu dom particular. E que dom é este?
Pois bem, é aqui que entra o elemento do fantástico. Lembrais-vos, com certeza, da história do Rei Midas, que desejou que, ao seu toque, tudo se convertera em ouro, no que foi atendido, acabando o feitiço por se virar contra o feiticeiro, porquanto não podia alimentar-se... Por terras castrenses, e não querendo apontar o dedo a ninguém, porque os resultados do meu estudo não são imediatamente conclusivos, embora me permitam, desde já, tirar ilações com alguma segurança, o que sucede, em muitos e variados casos, é um fenómeno semelhante, ainda que com uma especificidade sui generis.
Há gente também com o que poderíamos chamar o toque de Midas, mas com uma diferença, porque essas tais pessoas começam a mexer nas coisas e elas transformam-se em tudo, menos em ouro! Na verdade, depois de se “instalarem” bem instaladas, revelam a sua verdadeira natureza, e revelam, também, o seu toque especial, o toque... de Merdas!
Porque depois, onde tocam, só fazem merda!... É extraordinário! Ele há realmente coisas... Pergunto-me só: seguir-se-lhes-á o mesmo fim que ao Rei Midas?... Irão eles acabar por “morrer” na merda que eles próprios fizeram? O futuro nos dirá..