sexta-feira, 30 de novembro de 2007

O Bom, o Mau... e o Trapalhão


Afinal eu tinha razão! Não é só aquela rotunda lá em cima que tem a sua génese em qualquer coisa de sensacional que o olho comum não consegue descortinar. Por exemplo: a encruzilhada junto ao Jardim. Soube agora, após muitas horas de estudo apurado, que, na realidade, o que ali temos é uma grandiosa homenagem a um dos ícones maiores da cinematografia do século XX - essa pérola do "western spaghetti", O Bom, o Mau, e o Vilão. Trata-se, pelos vistos, de uma espécie de remake do filme, uma vez que os condutores, quando ali chegam em simultâneo, todos se põem a inquirir o camarada a ver quem saca primeiro...da primeira!!! Vem aquele vento que desce directamente das encostas do Montemuro, levantando consigo o pó dos pinheiros, o tempo parece congelar-nos na garganta, e eis que está criado o setting para o trielo fatal que encerra a fita.
Os motores aquecem, as mudanças são engrenadas, os olhares cruzam-se, mortíferos. Há um odor a morte no ar, e os arranques estão iminentes, podem dar-se a qualquer momento... De repente, um automobilista saca o pé da embraiagem, o chaço precipita-se sobre o asfalto e... foda-se, não tinha a prioridade!!!
Tudo acaba num piscar de olhos relampejante. Chega-se ao fim. E assim é escrita uma das páginas mais grandiloquentes da... Declaração Amigável de Sinistro Automóvel, numa fita que ficará para sempre conhecida entre as companhias de seguros como O Bom, o Mau... e o Trapalhão!!!...