segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Votos de Boas Festanças


A Emissora Hertziana INIBE, na pessoa do seu Provedor, embaixador da cultura local, Ex.mo Sr. Pretérito Asneira, deseja a todos os seus ouvintes, particularmente aos surdos, moucos, ou a ouvir só de um lado, um Santo e Feliz Natal, recheado de ondas hertzianas de frequência duvidosa, susceptíveis de criar tremendas dores de cabeça e súbitas agonias... será dos doces desta quadra?

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Castro Daire no Mundo: Crónica da descoberta da Califórnia




pelo Professor Alípio Macieira Castanheiro

João Rodrigues Cabrilho foi talvez o maior castrense de sempre. Pelo menos, a sua influência na História do Mundo não teve comparação com os feitos de um outro qualquer castrense: foi o primeiro europeu a navegar pela costa da Califórnia, desembarcado na actual baía de San Diego em 28 de Setembro de 1542.

Neste meu artigo irei narrar os principais momentos deste grande feito:

Corria o ano de 1540. El-Rei D. João III concedia uma audiência a um homem de terras de Riba Paiva. Este homem, João Cabrilho vinha propor a El-Rei seguir o trilho de Fernão Magalhães e Sebastián El-Cano e contornar mais a norte a costa ocidental das Américas. El-Rei anuiu e pediu João Cabrilho que arranjasse um orçamento para tal expedição. Sem um minuto a perder, João Cabrilho arranca a galope rumo a Castro Daire de forma a pedir um orçamento junto da malta do comércio local. A zona comercial da altura era num pequeno povo extra-muros sito no sopé da serra do Montemuro chamado PAMELAS. Pedido o orçamento, João Cabrilho volta rápidamente para Lisboa de forma a reunir com El-Rei e com chanceler-mor. El-Rei quando viu o montante envolvido disse para João Cabrilho: "Epá, estás pirado! Isto é muito dinheiro! Eu não ando a roubar! Vamos mas é apostar em conquistar a China, para depois trazermos essas merdas todas bem mais baratas! Depois de nos abastecermos na China, então pensamos em ir para as Américas!." O Chanceler, presidente na altura da BASAE, retorquiu: "Desde que não tragam de lá o comer, por mim tudo bem."
João Cabrilho não desanimou e partiu para Espanha para vender o seu projecto pois tinha consciência de que lá apoiavam os bons projectos, não pagavam tantos impostos e arranjava tudo mais barato, especialmente o gasoil! O Imperador Carlos V aprovou o projecto e o nosso conterrâneo lá partiu rumo à Glória.

Ao desembarcar na agora Praia de Malibu no condado de Los Angeles, João Cabrilho ao observar que os indigenas andavam sempre a correr nas praias com indumentárias vermelhas repara que as mulheres ostentam PEIDAS GIGANTES e avantajados pares de mamas. Ele repara também que estes indigenas vivem, não em tendas, mas em boas casas com piscina. E eis que João Cabrilho proclama: "Doravante, as mulheres desta terra serão chamadas de PAMELAS em honra das mulheres da minha terra."


Apesar de João Cabrilho ser um grande navegador, ele não escapa aos vicios de qualquer castrense: quando vai para fora diz que não é Castro Daire. Actualmente, a malta diz que é de Viseu (especialmente no HAGÁ-e-CINCO). O ilustre Cabrilho dizia que era espanhol.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Ventos Natalícios


Aproximam-se os festejos natalícios e todos se desdobram em iniciativas que reproduzam um pouco dessa magia que anda nesta altura pelo ar. Vê-se de tudo: desde o mais simples e tradicional ao mais arrojado e inovador. E depois há quem cruze estas duas vertentes, ou seja, há quem consiga introduzir elementos inesperados em formatos que, em décadas, senão séculos, pouco ou nada mudaram.
É o caso do Presépio. Vêmo-lo reproduzido nos mais variados materiais: porcelana, cartão, areia, gesso, até chegarmos aos mais nobres, só acessíveis a carteiras mais cristãs, perdão, mais recheadas... Aliás, Presépios de valor tão elevado, que o próprio Cristo teria que passar anos a fio no ofício da carpintaria só para saldar a primeira prestação!
Mas vamos a factos: o ilídio municipal faz parte desse grupo de entidades que conjuga o antigo com o moderno. E assim, imbuído desse espírito de altruísmo de que o Natal também é composto, sendo também o tempo do perdão e da concórdia, decidiu empreender a construção de um Presépio humano, promovendo uma espécie de concurso público para o efeito. Todos podem participar, sendo que será dada especial prioridade aos elementos da nata política castreja.
Consta que o lugar para a maior parte das figuras já se encontra atribuído. Por exemplo, o Menino Jesus, figura central no Presépio, será destinado ao cidadão comum, isto é, ao munícipe, uma vez que se nasce e existe como o centro de uma grande promessa de redenção, o facto é que é ele sempre que acaba crucificado! E a cada nova patacoada do ilídio municipal é mais um prego, não pró caixão, mas sim para a pesada cruz que o povo é obrigado a carregar aos ombros, mercê de tais proverbiais argoladas do ilídio...
Mas continuemos. Crê-se existir uma certa dificuldade em encontrar quem possa desempenhar o papel de jumento, não por falta de meios, mas sim porque são tantos os que por aí se armam em burros, que difícil mesmo é escolher. Será uma selecção apertada... Já a Vaca, é a mesma coisa. Existe uma numerosa e preocupante abundância de pessoal que se dedica, quase em exclusivo, a avacalhar a coisa, pelo que a escolha também se torna difícil. É caso para dizer: entre tais vacas e burros... que venha um burro ainda maior e escolha!
O concurso, informo aqui, está aberto. O seu lugar de exposição será junto à Igreja Matriz, local de culto cristão. Só uma nota final para avisar os interessados: o lugar no cimo da Torre já se encontra exclusivamente ocupado, e por sinal por uma eminente figura da nata política castreja, a quem muito interessa posicionar-se num sítio de topo, estilo cata-vento, para isso não importando que umas vezes tenha que virar à direita, outras à esquerda, outras ao centro... Os ventos da política são caprichosos, mas também fazem parte deste Natal.

Puzzle da Política Castrense (3)


Uma ideia para o próximo ano

Este nossa linda terra precisa de sangue novo, ar fresco na politica castrense! É preciso dar às pessoas motivações para irem votar!

A solução pode estar num qualquer computador com Modem. A internet revela os talentos escondidos das pessoas, sobretudo talentos políticos. E que talentos!

Andava eu a fazer umas pesquisas nesse mítico melting pot que é o HAGÁ-e-CINCO quando apercebi-me que existem pessoas em Castro Daire que são verdadeiros líderes! Serão esses os nossos líderes futuros! Tenho cá um feeling...

Essas pessoas, nesse HAGÁ-e-CINCO, são verdadeiros agregadores do sentimento castrense. Vejam-se os casos de um tal TOCHÃO e de um Ex-Imperador de Roma, entre outros que têm quase tantos amigos e visitas comos os habitantes do nosso concelho. Estatísticas são estatisticas, eu sei...

Caso seja preciso uma lista para a Assembleia municipal, não vamos muito longe. Existe malta nesse HAGÁ-e-CINCO com um forte espírito de missão. Uma tal de Confraria dos Mamados, qual Academia de Atenas!!!!!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Puzzle da Política Castrense (2)


Pensamento do dia:

A politica castrense é como o jogo do Tangram: por muito que se altere a disposição das peças e se avaliem as formas num outro ângulo a área que ocupam é sempre a mesma!

Sugestão: Em Vila Nova de Barrelas não se joga Tamgram, só se joga a malha!!!!

sábado, 15 de dezembro de 2007

O Pantelhão Nacional


Narcísiotónio Malemérito Patacoeiras, esse grande vulto da nossa praça cultural e autor de brilhantes patacoadas, fez-me esta semana compreender o porquê de muitos dos fenómenos que ocorrem por terras castrejas. Diz-me ele que as pessoas, como eu já advogara, precisam mesmo de um rastreio visual para poderem ver as coisas como elas realmente são. Mas passo a citá-lo de imediato, sem mais delongas retóricas:

“... Por exemplo, Inquiridor Faifas, o suposto atraso nas obras, com os seus adiamentos ad eternum, corresponde, na realidade, a um adiantamento, ou, se preferir, a um avanço de matriz cultural que custa ao cidadão castrejo mediano compreender dentro dos estreitos limites das suas capacidades. Cada vez mais, os governantes destas terras procuram um alinhamento com a História do País e com todos os símbolos e estórias que fizeram dele o que é hoje – este paraíso da trafulhice e do bota-pra-lá! E estão a consegui-lo, indubitavelmente! Repare, Inquiridor Faifas, você, melhor do que ninguém, pela sua formação académica historiográfica, sabe o quão entranhada nas vísceras da alma lusitana se encontra a narrativa mitológica das obras de St.ª Engrácia, local entretanto convertido em edifício do Panteão Nacional, e onde honrosamente repousam alguns dos expoentes máximos da nossa cultura.
É exactamente este o projecto dos governantes castrejos para a sua terra: transformá-la numa espécie de Capital do V Império, com todas as figuras e monumentos que o aglomerado olissiponense ostenta. Mas, é claro, tem de haver adaptações, porque a Princesa Serrana... é sempre a Princesa Serrana, e isso metrópole alguma poderá ensombrar.
Posso, entretanto, levantar um pouco a ponta do véu que tapa este tão grandioso projecto: como as coisas têm e devem ser feitas de acordo com os padrões locais, estou em condições de afirmar publicamente que em breve – digamos, daqui por duas gerações... - teremos as nossas obras concluídas: as obras de St.ª Semgrácia! Finalmente! Nessa altura, os cidadãos castrejos, em romaria, poderão visitar o interior deste majestoso projecto, podendo então contemplar as tumbas de algumas das individualidades que mais se destacaram no panorama cultural castrejo: Amália Vigarigues, fadista de renome e intérprete, entre outros temas, desse tema tão genuínamente castrejo, “Povo que lavas dinheiro”; João dos Meus, esse grande peidagogo, prolífico autor, que lavrou pelo seu punho próprio o “Quartilho Maternal”, sobre a quantidade de vinho tinto a ser considerada na confecção das Sopas de Cavalo Exaurido, iguaria local que tão importante papel desempenhou na morigeração das gerações castrejas pelas suas figuras maternais; e, para não referir outros, Almeida Garrote, literato eminente (e também litrado...), em relação ao qual não poderemos nunca deixar de referir esse conjunto tão ímpar de poemas reunidos sob o título de “Notas Caídas” (subtítulo: “...do Bolso do Contribuinte”).
Estas e outras figuras gozarão com certeza um merecido sono eterno na reclusão dos seus sarcófagos no interior do edifício do Pantelhão Nacional. Mas, é claro, como em relação a qualquer Pantelhão, há sempre chatos que gostam de intervir e de causar, como dizê-lo metaforicamente? ah, uma certa comichão, é isso. Mas como já diz o outro, quem tem chatos que se coce, e bem vistas as coisas, numa terra onde tanto impera a micose, os chatos tornam-se um espécimen imprescindível à sobrevivência e equilíbrio do ecossistema político!...”

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Figuras e figurões...


Ao longo dos tempos, sempre houve quem trabalhasse... e quem visse trabalhar. Sempre houve quem fizesse... e quem dissesse que ia fazer. Sempre houve quem os outros quisessem que aparecesse... e quem quissesse aparecer à força toda perante os outros! Há de tudo neste mundo, o Sol e a Lua, o dia e a noite, o ruído e o silêncio, os de dentro e os de fora, os que estão connosco e os que estão contra nós...
Fora isso, há outras coisas também dignas de registo. Como quem sabe acompanhar o ritmo dos tempos, por exemplo. E nós, até como pequeno lugarejo que somos, temos mesmo de andar alinhados pelos maiores, porque senão ainda nos espezinham como a uma barata! É tranquilizante saber que os nossos governantes castrejos também assim pensam, desta maneira, senão... o que seria de nós?
Assim, ao ver no quiosque a página frontal de um reconhecido pasquim local, respiro de alívio, porque vejo que andamos a seguir as políticas nacionais de fazer as pessoas trabalharem até cairem de podres!... Reformas? Está bem, está! Quando tiveres recebido a extrema unção passa por cá que falamos nisso!... É assim.
Mas que bela e tão representativa imagem, é o que vos digo. Lá estão eles, os do povo, a trabalhar, vergados sobre o seu ofício; e ao seu lado, como não podia deixar de ser, seguindo as linhas mestras das políticas urdidas a nível central, uma figura política que, para evitar confusões, mostra inquivocamente que o é: não está vergada sobre nenhuma tarefa, tem um sorriso estampado no rosto e, significativamente, os braços estão cruzados...

Rastreio Visual para Zarolhos


Atenção! Da autoria do departamento de imprensa do ilídio municipal, um assunto da mais grave importância!
Depois de ter feito um Rastreio Visual às crianças do 1º ciclo, eis que aquele mesmo ilídio municipal teve por bem alargar a iniciativa a toda a comunidade. E em boa hora o fez, porque o meu puto já fez o teste, eu também, e por isso o recomendo vivamente a qualquer munícipe. A mim, garanto-vos, fez-me um bem danado! Não via um boi à frente de um palácio, e agora vejo o boi, mas o filho-da-puta do palácio desapareceu!...
E não se esqueçam também do porquê que levou o ilídio a promover este rastreio junto da população local. É que os seus altos responsáveis, reunidos de emergência no GP (Gabinete da Presunção, órgão a que já fiz menção noutras intervenções...), deram-se conta de que só podiam estar diante de um grave caso de saúde política, quero dizer, pública!...
Palavras proferidas durante a reunião, e que perspiraram para o exterior:
...
- Porra, ó Amália, isto não é possível...
[Interferências: som de micose a ser arduamente coçada...]
- ...estás a ouvir, ó Amália?...
- Não, ó Giro e Roto! Não vês que estou ocupada a ensaiar o “Fado da despedida”?
- “Da despedida”?
- Sim. Vou ver se ponho a andar para aí uns elementos incómodos, e quero fazê-lo em estilo...
[Novas interferências: som de guitarras a ser afinadas por um tipo que é surdo]
- Os nossos munícipes só podem estar cegos que nem toupeiras!
- Porquê, Giro e Roto?
- Então com tanta merda que a gente faz, e eles não vêem nada?!... Temos de fazer um Rastreio Visual!
- Oh! O GAF* que faça isso!...
[Reaparecem as interferências: som de cascas de amendoim e de um jogo da Champions de fundo]
...
Fim de transcrição. Eu, por mim, espero sinceramente que este Rastreio Visual resolva muita coisa por estes lados. Mas a minha fé, na verdade, é que já há por aí muita gente que já vê alguma coisa. Não diz é nada!
Mas eu tenho a solução: a seguir ao Rastreio Visual, é disponibilizar para aí umas consultas ao Urologista, seguidas de uma série de sessões intensivas de Terapia da Fala, que é para ver se o pessoal, definitivamente, ganha TOMATES e DIZ O QUE TEM QUE SER DITO!...

*GAF – Gabinete de Apoio às Fífias