segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Figuras e figurões...


Ao longo dos tempos, sempre houve quem trabalhasse... e quem visse trabalhar. Sempre houve quem fizesse... e quem dissesse que ia fazer. Sempre houve quem os outros quisessem que aparecesse... e quem quissesse aparecer à força toda perante os outros! Há de tudo neste mundo, o Sol e a Lua, o dia e a noite, o ruído e o silêncio, os de dentro e os de fora, os que estão connosco e os que estão contra nós...
Fora isso, há outras coisas também dignas de registo. Como quem sabe acompanhar o ritmo dos tempos, por exemplo. E nós, até como pequeno lugarejo que somos, temos mesmo de andar alinhados pelos maiores, porque senão ainda nos espezinham como a uma barata! É tranquilizante saber que os nossos governantes castrejos também assim pensam, desta maneira, senão... o que seria de nós?
Assim, ao ver no quiosque a página frontal de um reconhecido pasquim local, respiro de alívio, porque vejo que andamos a seguir as políticas nacionais de fazer as pessoas trabalharem até cairem de podres!... Reformas? Está bem, está! Quando tiveres recebido a extrema unção passa por cá que falamos nisso!... É assim.
Mas que bela e tão representativa imagem, é o que vos digo. Lá estão eles, os do povo, a trabalhar, vergados sobre o seu ofício; e ao seu lado, como não podia deixar de ser, seguindo as linhas mestras das políticas urdidas a nível central, uma figura política que, para evitar confusões, mostra inquivocamente que o é: não está vergada sobre nenhuma tarefa, tem um sorriso estampado no rosto e, significativamente, os braços estão cruzados...