quinta-feira, 19 de junho de 2008

Carta aos leitores


Lá diria Manuel Luís Gueixa – destacada figuras da Gastronomia Nacional – que em tempos de crises como estes onde até o açúcar serve como gasolina que é preciso poupar o doce. Nestes tempos o devido valor de um grande tacho é capaz de superar um qualquer poço de petróleo na baía de Luanda.
Só que o Inquiridor Faifas, por azar do destino, não tem dessas coisas. Que fazer? Enfim, sobreviver não está fácil, e ainda por cima com o gasól a € 1,43 pior ainda!
De maneira que fazer pela vida, tem impedido de chegar a tempo e horas a este tão honrado e amado blog.

Com efeito, fico emocionado ao saber que disponho de um leal séquito de fãs. A forma como tão insistentemente apelam a novas postagens é, de facto, tocante. Saber que este blog reúne as preferências de todo o espectro político (até os independentes são dependentes) e que a segunda coisa que fazem, quando estão nos seus postos de trabalho a seguir a ligar o Messenger é ver se há novidades no Ipsis Verbis reforça o carácter neutral que tanto almejava.

A todos, o meu obrigado.

Nota: por favor não associem a actividade criativa, humorística e bem disposta deste blog a aziagas entidades destachisadas.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Blockbuster Castrense: Easy Farting Rider: The legendary quest for the ultimate fart!


Novo exito de bilheteiras foi filmado em Castro Daire na Cinecittá de Arcas. Foi realizado por Dennis Chopper e protagonizado por Peter Garganta Fonda e Jácoço Micoseson. A banda sonora é da autoria de Piggy Top. Ouçamos (entenda-se ler) um trecho do tema que faz a abertura do filme:

Não há orgulho em que se caiba
Ou que possa o coração conter,
Quando se é dos Bujardas do Paiva
Um daqueles membros a valer,
Dos que montam as duas rodas
Avessos a tendências ou modas,

Pois o que importa é a “fresquinha”,
Fazer figurão frente às mulheres
Quando se entra por uma vinha
Ou então, a largar rateres,
Que quase o motor gripa,
Se alivia os ditos gases da tripa,

Libertando oh tão sonoro ronco,
Acompanhado de molho bechamel!...
O Bujardista não é um bronco,
Pois não é esse o seu papel,
Já que se à verdade não falto
Aqui digo: ele é o Cavaleiro do Asfalto,

Guerreiro com que outro não ombreia,
Motivo de cobiça, escárnio e inveja,
Um Samurai que volta e meia
Troca a benzina p’la cerveja
E tão epopeica viagem enceta,
Com término, invariavelmente, na valeta,

Que a mota, algures entre silvas e tojos,
Será, com outros tais cavaleiros,
Desta guerra outros tantos despojos,
Que não há seguro contra terceiros
Que cubra caso oh tão excepcional,
Que começa bem…e acaba sempre mal!

O erro está na mistura aditivada
Com que se alimentam os motores,
Já que a cerveja com feijoada
Sempre trouxe grandes dissabores:
Más disposições, noites mal passadas
E, já agora, duas ou três cuecas borradas!

Alguns, bem mais aflitos, por certo,
Com a tripa a 13000 rotações,
Optam, enfim, pelo escape directo,
Mas tudo depende das situações,
Pois pode muito bem dar em queda
Se a válvula de escape não segurar a merda

quarta-feira, 19 de março de 2008

Puzzle da Politica Castrense (5): Os Fedayeen da Oposição

O espectro político em Castro Daire tem muito em comum com o conflito no Médio Oriente. Repare-se no seguinte:

i) Já cá governou César;
ii) A oposição é como a Autoridade Palestiniana: Existem facções antagónicas que se odeiam mutuamente. Por exemplo, o líder desse maior partido da oposição está no alto da sua Mukaata, perto do poder e da terra prometida de Jerusálem, que tanto anseia (desde os tempos das cruzadas). A outra facção, mais radical acantona-se em Rafah. Como não podem uns com os outros entretêm-se com joguinhos. Apenas uma coisa os une: empurrar os israelitas para o mar e tomar conta do poder. Agora, tomar conta do poder é uma coisa, saber governar é outra. E eu, desconfio muito que alguma destas facções saiba.

Um poema para lavar a égua…


Como estava frio, muito frio, abri ontem à noite a porta de minha casa a essa sumidade da poesia castreja, esse destacado cultor das “belles lettres" e, ao mesmo tempo, escritor engajado com o real, o Sr. Bomjoão Assertivas. Bomjoão é um pouco tímido, mas depois de embalado, ele faz Camões parecer um principiante. Eu digo mesmo: só lhe falta ser zarolho, porque, de resto, também é um homem com a sua epopeia pessoal. E se Camões salvou “Os Lusíadas” esbracejando contra as ondas do oceano, Bonjoão Assertivas, de certo modo, seguiu-lhe, vá lá, as braçadas...
Despiu-se em tronco nu e lançou-se às águas da Paiva, em busca de peixe e ninfetas, mas só lhe saíram cagalhões e sacos de plástico das campanhas eleitorais! Mas Bonjoão é um poeta por natureza, e por isso, por mais dura que seja a experiência, como esta foi, ele acaba sempre por versificar as suas emoções e pensamentos. Eis o que escutei:

Por esse rio, nunca dantes navegado,
Eu naveguei, qual saudoso timoneiro,
Mas todo o meu curso eu vi errado
E então me desiludi, por inteiro,
Pois se quimeras, maravilhas eu sonhei,
Por fim, só lixo e merda eu encontrei...

Que se passa contigo, rio amado,
Onde mergulhei, desnudado, em meus verões,
Que te encontro tão densamente povoado
Por toda a espécie de cagalhões?
Oh abre-se-me o peito num rasgo,
Ou então pode ser só um engasgo,

Coisa natural nesta caudal tão ignoto,
Tão insalubre e imensamente pestilento,
Reino onde impera, majestoso, o cagalhoto,
Para o nariz oh tão cruel tormento...
Donde virá este odor tão malcheiroso,
Que me deixa tão pensativo e curioso?...

Eu só lhe quero descobrir a raiz,
A nascente de tais maldades,
E o que descubro, qual infeliz,
Senão que a razão de tais iniquidades
É que lá em cima, no castrejo cerco,
Quem demanda... enfim, só manda esterco!...


Olé!

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

A Meca do Cinema


A greve dos argumentistas por terras do tio Sam esteve para causar o encerramento da cerimónia dos Óscares. Pensaram, vejam lá, transferi-la para terras castrejas. Mas como tudo se resolveu à última da hora, e para que este povo da Lusitânia não ficasse a chuchar no dedo, os produtores de Hollywood, num acto pouco usual de simpatia, decidiram promover por cá a cerimónia de entrega das ditas estatuetas, levando a concurso as individualidades cinematográficas mais representativas deste burgo.
E os nomeados são...

Na categoria de Melhor Filme do Ano que vem:
1 – "Esquadrão classe BPA", versão Herbert Richards;
2 – "Rambancho, parte 15", continuação da sequela do herói que, encarnando a mítica figura de um prelado da justiça disposto a combater até à exaustão por causas perdidas e que não existem..

Na categoria de Efeitos Especiais:
1 – Frei Fuck, stunt e génio inventor de uma armação de óculos capaz de suportar o uso de três lentes distintas, umas sobrepostas nas outras, cada uma delas proporcionando uma visão mais apardalada da realidade (especial destaque para as lentes fundo de garrafa de Sumol);
2 – Zás Pás, responsável por belos trechos poéticos e recuperação de salvados que permitem aos veículos das diversas produtoras de Hollywood a aguentar arruamentos urbanos apenas possíveis nas localidades do Kurdistão Iraquiano orientadas na direcção do Hindu Kush afegão;

E na Categoria de Melhor Argumentista:
1 – Faifas, o Inquiridor (não conheço...), pelas suas suculentas “postas de pescada”, que revolucionaram a literatura gastronómica tradicional e mereceram menção de agrado da parte do Capitão Iglo;
2 – Alípio Macieira Castanheiro, pelas ardentes polémicas que atearam fogo um pouco por todo o lado, e que não houve bombeiro nem corporação que as apagasse...

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Puzzle da Política Castrense (4)


Pensamento do dia:

"Enquanto não vier um Galileo afirmar que a Terra é redonda e achatado nos polos, porque razão é que havemos de deixar de ser Católicos e acreditar no Papa de Roma para passar a ter fé num qualquer Henrique VIII, que apenas ambiciona em ser o maioral e montar um hárem, nem que para isso tenha de mudar de religião? Ou pior do que isso: passar a acreditar numa qualquer lista de Calvinistas e Luteranos que, depois de velhos, se lembram de mexer o cu, sem saber muito bem qual o caminho a seguir?"

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

FORUM IPSIS VERBIS



Tema da semana

Qual é para si a freguesia com a economia mais sólida e preparada para ultrapassar a crise do crédito hipotecário nos Estados Unidos (crise do subprime)?

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Em busca das Minas da Pasmaceira

Em terras de boa tradição cristã, como são as castrejas, é sempre bom ouvir histórias do esotérico misturadas com mitologia e crendice balofa, onde a ciência ocupa o lugar de Salomão. Tais histórias dão lugar a realizações literárias notáveis, tais como "O Nome da Japoneira" de DOISBERTO BECO entre outras mais recentes que todos conhecem. A última manifestação de tais fenómenos teve lugar, ao que parece, bem no coração da nação castreja e foi sua protagonista uma irmandade que decidiu, de forma espontânea, enveredar por espinhosos caminhos. Despojou-se de tudo o que era supérfluo, de todas as coisas mundanas, vestiu um hábito e cingiu os cilícios.
De cada vez que acontece uma coisa destas há sempre uma novidade. Os santos – sim, porque parece que esta irmandade está no caminho para se tornar uma lídima representante das vias da beatitude – iniciam uma nova vida, duma missão que os preecha e, à parte das habituais, têm sempre uma característica que o distingue das demais figuras da hagiografia cristã. Pertencendo já a uma espécie de Ordem guerreira, souberam que em caves bafientas jaziam, ocultos do olhar público, artefactos redigidos outrora por igrejos escrivas do tempo das cruzadas que, quando saira o foral D. Sancho I que restringia o consumo de morangueiro dentro de regias instalações frequentados pela plebe (mais conhecida como a HEPATIUS PROTECTIUS LEX) não tinham nada que fazer e, à falta de uma caixa de email farta em pornochanchada havia que ocupar o tempo. Estes artefactos encriptavam em si mapas que davam acesso aos mais impressionates tesouros que estariam guardados nas conhecidas Minas da Pasmaceira, que situavam bem no meio do reino perdido do Caciquistão para lá da cordilheira de Cotelo (isto para quem está na orientação Panchorra-Sul). Não foi de modas: havia que proteger estes tesouros e depois de ver três vezes seguidas o Filme "Indiana Jones” e Rambo, os nossos heróis reuniram um conjunto de técnicas que lhe permitiram, a posteriori, levar a cabo a magnífica e boamente cristã tarefa de chamar a si a responsabilidade de preservar esses tesouros para a posterioridade. Pronto, aí está um bom romance em perspectiva.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Opinião dos Leitores


Eu refastelado na minha espreguiçadeira e o Dr. Narcísiotónio Malemérito Patacoeiras a incomodar-me com um telefonema de longa distância, a invocar que se roga o direito de me perturbar o descanso com base em descobertas de grande porte. O homem às vezes parece-me doido, mas como já alguém disse que todos os génios têm a sua doideira, eu desculpo-o por isso e, assim sendo, dou-lhe luz verde para as suas intervenções. Lá vai o que ele me pediu para transmitir. Leiam vocês, porque eu nem quero saber. Vou continuar a beber o meu batido de frutas e a curtir a paisagem meridional...

“Ultimamente, e já que o meu amigo Inquiridor decidiu meter férias, ainda que forçadas, aproveitei e fui procurar na minha biblioteca pessoal aqueles livros e tomos que o tempo vai lentamente carcomindo, embora não seja por isso que o que eles contêm deixe de se manter actual e cheio de valor. Por isso, esta semana regressei à leitura dos clássicos. Tenho mesmo algumas preciosidades, coisas que estavam na Biblioteca de Alexandria e que o destino e a sorte dos tempos trouxeram, por fim, à minha posse.
Aristóteles, Platão, Epicuro, essa gente toda encontra-se arrumada em estantes que já vergam sob o peso não sei se dos próprios livros, se da magnitude das ideias que eles têm lá dentro. Indiferente a tudo isso, comecei a ler, e o que mais me tem atraído a atenção têm sido mesmo os silogismos, aquela coisa meia do discurso, meia da matemática, não sei bem, e que trata da lógica e do sentido. Bom, como o meu cérebro, exaurido pela idade, não dê para mais, fiz o que sempre faço: tento pôr as coisas na prática a ver se através desse método consigo lançar alguma luz nas teorias e nos princípios que a mim às vezes parecem tão distantes de perceber.
E assim fiz. O meu raciocínio, para ter interesse, foi sobre essa temática também ela já provinda dos latinos: a CORRUPTIONE. Portanto: Se ser corrupto consiste em roubar o povo, e o político X rouba o povo, então o político X é corrupto. Ou seja, se A=B, e C=B, então C=A e vice-versa. Brilhante! Continuando a aplicar a mesma técnica: Se o dinheiro público é do povo, e o dinheiro das autarquias é dinheiro público, então o dinheiro das autarquias é dinheiro do povo. Estou mesmo a ficar bom nisto!
Continuando: Se se utiliza o erário público com rigor, há justiça, mas se a autarquia Y utiliza o erário público sem rigor, então não há justiça – em que a negação de uma das premissas implica automaticamente a negação da conclusão. Olha, afinal isto até é fácil! Estou mesmo entusiasmado. Vou fazer mais: Então se a ausência de justiça corresponde a um acto criminoso, não se utilizando com rigor o erário público há, automaticamente, uma situação de injustiça, logo há crime! Justiça é o povo receber aquilo a que tem direito, utilizar o erário público sem rigor corresponde a uma negação de justiça, logo o povo não recebe aquilo a que tem direito. Ai meu Deus! Ninguém me pára! E eu que até pensei seguir Filosofia e não segui por achar chato! Continuando: Se o povo não recebe aquilo a que tem direito, estão a roubá-lo, e se uma autarquia Y utiliza erroneamente o erário público, o povo não pode receber aquilo a que tem direito, donde resulta o corolário de que, esbanjando o erário público, a autarquia está a roubar o povo, o que, como vimos de início, significa, com toda a lógica, que dessa autarquia um ou mais políticos X são corruptos, porque ao esbanjar em megalomanias e em investimentos estapafúrdios e descontrolados privam o povo de fundos seus de direito, e quem priva terceiros do que é destes mesmos terceiros, é simples de perceber, rouba-os!
Mas isto, meus amigos, silogisticamente falando, é claro. Os silogismos são apaixonantes, mas ainda me encontro longe de perceber onde é que eles tocam a realidade em pleno e onde é que eles correspondem a um mero ludismo mental. Mas vou continuar a escarafunchar nestes velhos livros, tão boa companhia para quem já sofre as intempéries do outono da vida.
Mas só me questiono: haverá crime onde os próprios cidadãos se deixam roubar? Afinal, apenas é preciso que o malandro venha de fato e gravata..."

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

VACATIO SABBATICUS


Eis que o séquito de inspectores da BASAE, bastião do rigor e do zelo, liderado pelo grande justiceiro do asséptico, Dr. Impunes, me entram porta adentro, munidos de fatos e máscaras de Carnaval. - Alto! Este estabelecimento está de quarentena! - declarou um dos inspectores . - Mas porquê? - Contrapus. - Este estabelecimento tem de ser sujeito a um período sabático, ou seja, o Inquiridor precisa de umas férias. - referiu um outro.

Nota Editorial
Durante um período indeterminado, o Inqueridor não publicará mais nenhuma postagem. No entanto, neste intervalo, abro o blog à livre discussão do povo de Castro Daire. Neste caso, a abertura de um Forum de discussão afigura-se como a melhor alternativa.

Seja, doravante iremos lançar temas para discussão no nosso Forum Ipsis Verbis. São livres de dizer o que entenderem. Sejam bemvindos ao nosso\vosso espaço.

O 1ª tema par discussão: Qual é para si o melhor sítio para morar no concelho de Castro Daire? E,já agora,porquê?

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Contos da Panaceia: a polémica sobre localização do novo recinto ferial Municipal


A vibrante e pujante actividade económica começa a dar os seus primeiros frutos.

Os empresários e comerciantes de Castro Daire almejam para breve a construção de um novo recinto ferial como factor de impulsão da actividade económica no nosso concelho.

Ora, em cima da mesa estão três alternativas. Cada uma com o seu lobby respectivo.

1. Opção Feira das Vacas + 1
Esgotada que está a capacidade da Feira das Vacas responder ao crescente número de feirantes, surge a possibilidade de se lhe juntar o recinto que até hora tem sido utilizado ali perto do GANHA E PERDE. A vantagem apontada é a proximidade do centro da vila e, portanto, dos cliente. Entre as desvantagens: 1) a sobrelotação do Terminal de clientes ao pé do ÇÁMORA não permite mais slots de venda (vejam-se os carros em cima do passeio); 2) a proximidade com os inúmeros electrodomésticos da mansão do LEO BERARDO, provoca severas interferêncais com os dispositivos GPS dos feirantes; 3) a proximidade com a Casa do Povo não augura nada de bom em termos de poder de compra dos transeuntes.

2. Opção Zona Norte, Cruzamento para Cinfães
Esta é a opção mais interessante para os feirantes. É a mais próxima do local de residência dos feirantes e esta perto nó da IP24, ou seja bons acessos. Visto ser uma zona de mato,seria a opção mais amiga dos contribuintes municipais.

3. Opção Zona Sul, Courinha
Esta é a opção defendida pelo lobby económico do Conglomerado "Família Árvore de Condimentos". Entre os argumentos a favor desta opção estão a proximidade com a estância balnear do CARALHAL, e da outrora vibrante plataforma de Gasol do ENTREMONTES de COMPENSAN (próxima também da IP24). Haveriam também vantagens competitivas com as feiras de Viseu.

Que haja debate!!!!!!!!!!!!!!!!

Nota Editorial: Esta história de um novo aeroporto cheira mal! Ainda ninguem me explicou porque é que a Portela não pode ser melhorada. Casos destes há aos pontapés. veja-se o seguinte exemplo de Montreal no Canadá (erro dos anos 60 que ainda hoje se paga!):
"It was intended to replace the existing Dorval Airport (now Montréal-Pierre Elliott Trudeau International Airport) as the eastern air gateway to Canada; from 1975 to 1997 all international flights to/from Montreal were required to use Mirabel. However, Mirabel's distant location and lack of transport links, as well as Montreal's economic decline relative to Toronto, made it unpopular with airlines and travelers so Dorval was not closed as originally planned. Eventually Mirabel was relegated to the simple role of a cargo airport. The airport, initially a source of pride, eventually became an embarrassment widely regarded in Canada as being a boondoggle and a white elephant."

Por falar em aeroporto, para quando uma estação de camionagem em Castro Daire que seja digna desse nome?

O nosso Shakespeare



E pensar que a nação castreja pudesse ser o berço de uma obra-prima da dramaturgia mundial! Pois, mas é verdade. Descendente directo do grande dramaturgo inglês, o incomparável Guilherme Shakespeare, o nosso homem das letras, Estafermo Sheikspia, traz a lume uma peça onde se imiscuem o concreto e o fantástico, retratando de forma ao mesmo tempo fantasiosa e real as peripécias em que a nação castreja é, afinal, tão fértil.
A originalidade de Sheikspia consiste no retomar de ícones e mitos da tradição literária europeia, reformulando-os à luz dos tempos modernos. Exemplo disso, a sua última peça, um marco das letras castrejas: depois de “Homelete” e “MacBate”, o glorioso “Robin de Frosques”, obra que já muitos consideram ímpar pela bravura com que revolve elementos do imaginário folclórico saxónico e lhes dá novo corpo.
Em que figuras do real foi Estafermo Sheikspia encontrar contrapartida para as suas personagens, isso ficará a cargo dos eminentes críticos literários castrejos: o Engraxador das 4 Esquinas e o séquito adstrito de taxistas, gente de tempo e talento para avaliar o valor intrínseco de uma qualquer obra escrita, desde um artigo de opinião no jornal “A Bola” a um folheto informativo sobre hemorróidas!
Algumas das personagens de “Robin de Frosques” são: naturalmente o próprio Robin de Frosques, herói popular, que não tira ao povo, mas que também não dá, e que fora isso, quando a coisa aperta, simplesmente dá de frosques! Frei Fuck, frade pançudo, mas que nunca vira a cara a uma boa briga, principalmente se o não envolver a ele, e note-se também, em cujas mãos um garfo e uma faca constituem uma arma letal contra qualquer borrego assado! A Xerifa de Nottingama, uma novidade pelo sexo da personagem, sinal de que a obra não desprimará por qualquer suspeita de machismo. E finalmente Ferrardo, Coração de Leão, rei prometido mas que nunca mais vem, porque anda ocupado a combater mouros na PlayStation dos netos!
O livro não tarda nos escaparates. Nota 20.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Castro Daire ou Cacém Daire=!?!?!?!?!?!?



Eis que lanço este ALERTA:

A todos aqueles que amam a nossa terra, Castro Daire, é favor preocuparem-se com o facto da transformação gradual de Castro Daire numa espécie de Cacém Daire!!!!

Reparem no seguinte:

1. Poucos são aqueles que mantêm o seu posto de trabalho em Castro Daire! A maioria já trabalha em Viseu. Castro Daire é practicamente um dormitório! Qual Cacém Daire!

2. Os Acessos ao centro da vila são caóticos! Qual Cacém Daire!

3. O planeamento do território é iniquo! Qual Cacém Daire!

4. A malta tem vergonha de dizer de onde é e onde mora! A malta de cá, lá fora diz que é de Viseu! Os do Cacém dizem que são de Lisboa ou de Sintra! Qual Cacém Daire!

Apesar de tudo, a nossa terra é muito bonita! Sobretudo para quem olha do lado de Ribolhos! Vamos orgulharmo-nos de dizer que somos Castrense. Mas, por favor, urge cuidar da nossa Terra.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Salvadoras da Pátria Castreja


Narcísiotónio Malemérito Patacoeiras, esse destacado membro da RANK (Real Akademia dos Néscios do Krasto), disse, em extenso mas nem por isso menos interessante artigo, o seguinte sobre a minha derradeira postagem:

“...Vem-se a terreiro falar do popozudismo da mulher castrense, sem contar que esse mesmo fenómeno tem raízes históricas que devemos tentar compreender e a que devemos, também, procurar dar devido valor. As mulheres castrenses são, literalmente, mulheres de guerra. Estão preparadas para tudo. Haja uma invasão castelhana ou de alguma horda alienígena, quem nos vai salvar? Os homens que se entregam ao vício do vinho nas tascas e que cambaleiam pelas ruas feito zombies até altas da madrugada? Com certeza que não. Então só podem ser as nossas mulheres, cujas peidas balofas e proeminentes escondem, na verdade, um autêntico arsenal de guerra pronto a ser utilizado, assim a circunstância o exija.
Qualquer homem poderia olhar para um cu daqueles e pensar: “Foda-se, umas com tanto e outras com tão pouco...” Do que esse homem não desconfiará é que na origem daquele portentoso traseiro estão meses e meses de treino intensíssimo para fazer da sua proprietária uma Guerreira Amazona dos tempos modernos.
Desde tenra idade, as crianças do sexo feminino são subtraídas à tutela parental e partem para local desconhecido, onde começa o seu treino. Resultado: a arma de guerra mais poderosa e letal em forma de cu que o mundo jamais pôde ver!
Por exemplo, a visão de um desses exemplares popozudeicos virado para o ar, mostrando todo o seu sobressaliente esplendor, deixará qualquer adepto da canzana completamente fora de si! O que ele não saberá é que está na presença de uma anti-aérea de longo alcance. Porque cada cu destes é um obus em movimento! A mulher sustém a pressão dos intestinos através de uma técnica vinda desde o tempo dos ninjas e depois, através de um sistema de espelhos retrovisores, aponta e dispara a sua carga a longas distâncias, podendo inclusivé abater um Hércules C-130, com uma revoada de merda lançada de improviso contra o pára-brisas do avião, o que cerceia, na ordem dos 100%, a totalidade do campo visual do piloto, que assim não pode aterrar e acaba por se despenhar, tendo aquilo a que poderíamos chamar uma morte de merda...
Outra característica bélica muito importante: o cu-soldado acumula uma quantidade muito grande de gases, servindo de arma biológica. O índice de toxicidade é elevadíssimo, e experiências feitas em voluntários (neste caso, os próprios maridos das nossas Guerreiras Amazonas) vieram comprovar que basta uma suave inalação dessa matéria volátil para de imediato se produzirem danos ao nível do sistema neurológico central, além de que o sentido de olfacto fica seriamente comprometido. Outra consequência consiste na perda, por vezes irreversível, do sentido de orientação, o que é óptimo para semear a confusão em território inimigo.
Fora isso, estas guerreiras estão preparadas para lutar por terra, ar ou água. Seja onde for, estas Peidas-Samurai devastam tudo à sua passagem! E estão munidas de todo o material para fazer face ao imprevisto. Por exemplo, se tiverem que se lançar de um avião, fazem-no sem hesitar e fazendo fé no seu kit de sobrevivência, onde podem sempre contar com as cuecas, as quais são confeccionadas em lona ultra-resistente resistente à pressão atmosférica, e que, contrariamente ao que se possa pensar, não são em tamanho XXL, mas sim tamanho PQ (Pára-Quedas), para todas, sem excepção! Sobrevivência garantida.
Por tudo isto, é bom que se pense duas vezes antes de se fazer qualquer comentário jocoso aos cus das nossas nativas, porque em abono da verdade são elas, em tempos difíceis, que serão as nossas Salvadoras da Pátria Castreja!...”

Muito bem! Brilhante patacoada! O Dr. Narcísiotónio não dorme, está visto. Outros também não dormem, como é o caso do ilídio municipal, que através da sua iniciativa denominada CU-À-MOSTRA também já homenageou, e bem, esse ex-libris local, a extraordinária peida da mulher castrense, porque, até como já alguém disse, “A peida da mulher castreja... é peida de fazer inveja!”
Por isso acho que já vai sendo hora destas nossas guerreiras presentearem quem de direito no ilídio com o grande troféu da sua Ordem: as Super-Cuecas XPQ (Xtra Pára-Quedas)! Talvez para quem ali faça mais merda, mas ainda assim se julgue capaz de grandes voos...

domingo, 6 de janeiro de 2008

A maldição de Salvatore... ou a cláusula maldita!


Era já alta madrugada quando ouvi um imenso rebuliço pelas ruas do Crasto. Vim à janela e vi que algo de errado se passava. Todos corriam, de um lado para o outro, de tochas acesas na mão, e todos tinham na cara uma expressão de desespero, como se a morte os perseguisse. Vesti o meu robe, pus o barrete, calcei as chinelas e desci o escadario de pedra em direcção à rua. Conforme abri a porta, estancou à minha frente um desses indivíduos que corriam pela calçada abaixo, esbaforidos. Os seus olhos estavam raiados de sangue, espumava pela boca, e o seu rosto contorcia-se numa expressão desfigurada que lembrava um sonho terrível. Mas que se passava?
Em redor do pobre homem arrastavam-se vários elementos da sua família, como um cortejo de almas penadas. Ele mal se conseguia exprimir. Balbuciava, como um homem bêbedo, e a maior parte do que dizia era para mim imperceptível. Entre palavras que saíam, quase estranguladas, da garganta aflita daquele homem, e grunhidos quase inumanos, consegui perceber a razão daquele cenário quase dantesco: Salvatore, um famoso cantadeiro local, fora, na noite anterior, corrido da OS (Operação Strunfo), e preparava-se, nas próximas horas, para regressar ao seu posto na praça de táxis.
Motivo: descobrira-se que Salvatore possuía ligações familiares a um tal padrinho no seio da RTP (RADIO TELEVISIONE PROVENZANO), o que podia suscitar suspeitas de favorecimento, quando no contrato de Salvatore se encontrava uma cláusula que o impedia de concorrer caso existisse qualquer conexão daquela natureza...
Confusão geral! Todos pensavam agora que essa mesma cláusula viria, como uma maldição, com o regresso de Salvatore, e que ninguém escaparia! Dirigi-me, a toda a brida, ao ilídio municipal. Alguém teria que impor a ordem.
Uma franja de populaça cercava o edifício, e só a muito custo que consegui acercar da porta principal, onde constava um édito lavrado pelo punho de Amália Vigarigues e o seu ominoso grumete, Giro e Roto. Dizia, resumidamente, o seguinte: SAUVE QUI PEUT!!!
A maldição concretizava-se! Todos os que possuíssem relações familiares dentro do ilídio estariam sob o raio de acção da cláusula e não poderiam escapar! Todos seriam enxotados, sem apelo nem agravo! Sobraria, quê? o varredor do lixo e pouco mais...

Entretanto, num bunker inacessível do ilídio municipal....
- Porra, Giro e Roto, sempre te disse que mandar esse tal Salvatore lá para a Operação Strunfo seria uma péssima ideia... Era deixá-lo andar aí nesses desafios com aquele nosso funcionário, o Cataneiro, que estava muito bem. Agora...
- Tem calma contigo, Amália...
- Calma? Já viste bem aqui o organigrama do nosso ilídio? Entre amigos, primos e sobrinhos metidos pela porta do cavalo, temos mais afilhados que o chefe da máfia napolitana!
- Amália, non priocupare, o que importa é la pasta, la pasta...! Telefona mas é aí para o Dolce Mitra, ou então para a Pizzaria Frocha, e manda vir duas de pauperoni, que eu estou com uma larica...

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Car-jacking à moda castreja


Castro Daire não abranda na sua incessante demanda em se pôr a par das coisas que acontecem no mundo supostamente evoluído das grandes metrópoles. E como isso não fosse pouco, onde puder já não se limita somente a copiar, mas também a inovar.
O CAR-JACKING é um dos fenómenos criminosos que mais se tem difundido no ambiente das grandes cidades. Enfim, uma preocupação para quem senta o cu em vistosas e potentes máquinas. O executivo do ilídio municipal, preocupado com a possível implantação destas práticas por terras castrejas, antecipou-se e criou uma forma alternativa que traz duas vantagens imediatas: primeiro, não é preciso ter-se um “carrão do carago como o do Giro e Roto” (expressão retirada, ipsis verbis, da acta da reunião do executivo), o que faz com que a coisa seja mais democrática, porque é indiferente que uma pessoa seja proprietária de um luxuoso VOLKSBAGO PASSA-TE TDI, ou de um simples FIA-TE UNTO, ou até de um velhinho e saudoso DÁTESÃO 1200, essa velha glória das nossas estradas. Sendo assim, tanto faz.
A outra vantagem é que não envolve furto algum, o que acarreta que não haja prejuízo contra a propriedade privada. Na verdade, o que envolve é umas valentes galhofadas, em que o cidadão castrejo, simplesmernte, se mija a rir, o que é óptimo para quem faz retenção de líquidos, e também, rindo-se assim feito um parvinho, consegue relaxar os músculos faciais, habitualmente tensos por lhe faltar razões para sorrir.
Esta prática, que tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos e ainda por cima de forma espontânea, deve-se, em suma, aos desvarios do ilídio municipal na organização do tráfego automóvel urbano, com soluções propostas por um punhado de antigos utentes do Júlio de Matos, e que o executivo camarário, naturalmente, deve ter aceite. Trata-se, meus amigos, do CAR-JOKING.
Na pele de Inquiridor, dou aqui o meu louvor por tal inovação, uma vez que para mim, que circulo diariamente pelas ruas e ruelas desta vila, o CAR-JOKING veio trazer-me mais boa disposição, mais desinibição, e ainda um aumento brutal no potencial número de visitas à oficina e ao bate-chapas, além do meu desempenho sexual, que como ando mais relaxado, melhorou!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

A bota com a perdigota


Bem sabeis que nesta vida de Inquiridor muitas tarefas, e às vezes pouco aprazíveis, me cabem. São os chamados ossos do ofício, e embora haja coisas que eu não aprecie particularmente fazer, sei que alguém tem que as fazer, não fora eu era outro.
Refiro-me ao meu papel de agente censório. Tudo o que for pergaminho, papiro, gravações na rocha, ou qualquer outro tipo de manifestação linguística passível de carrear informação subliminar, tudo tem que passar, em princípio, sob o escrutínio da minha lupa.
Mas há muita coisa que me escapa. Precisava aqui de mais um ou dois censores ávidos de sangue. A idade, a vista cansada já não me perdoam, e a tarefa de passar a pente fino tanto e tanto texto já vai sendo carga onerosa demais para esta carcaça velha e exaurida.
Pretérito Asneira – esse grande magnata da imprensa regional, proprietário, entre outros órgãos, da Emissora Hertziana INIBE, e que tem em Ruperto Merdocka o seu grande modelo de vida – já me assegurou que os seus órgãos de informação não veiculam qualquer tipo de heterodoxia política, explícita ou latente. Mas que fazer? Eu tenho que dar vazão ao meu serviço, senão, se houver problemas, quem fica a arder sou eu, atado a um varão na praça pública, com o fogo a lamber-me as unhas dospés.
Mas umas coisas e outras agravam a dificuldade da minha missão. Censurar não é fácil. É um trabalho tão, tão obsessivo que por vezes a vista distorce e julgamos até ver tentativas de sublevação ideológica onde ela não pode existir. Vou dar-vos um exemplo: a última edição de um pergaminho que sai quinzenalmente aqui para as nossas ruas trazia, num recanto, a notícia de um evento organizado pelo ilídio municipal, coisa que muito atraiu a minha atenção.
Li o texto de fio a pavio, à cata de alguma célula terrorista de informação, alguma incongruência que denunciasse propósitos menos ortodoxos de difundir doutrinas revolucionárias. E descobri o seguinte: se por um lado falavam de um tal evento organizado pelo ilídio municipal, mais adiante surgiam termos como “ilusionismo...malabarismo e a habitual animação a cargo dos palhaços”, o que me deu logo a ideia de uma horda de saltimbancos a operar na sombra, à espera de uma oportunidade para desferir um coup d'état e ciladear o vizinho.
Julguei estar perante um flagrante delito, mas relido o texto, logo vi que não, que tudo estava bem, porque tendo em atenção a situação, não havia qualquer incongruência, naquela circunstância, em falar, por um lado, do poderio organizativo do ilídio municipal, e por outro lado de “ilusionismo...malabarismo...e palhaços...”
Tudo estava bem. Afinal, a bota batia com a perdigota. Porra! Menos um auto-de-fé!

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Paglieri ensarilhado


Escândalo no mundo das artes! Umas das mais destacadas figuras das artes castrejas, uma individualidade cujas origens ancestrais remontam à época dos grandes mestres do Renascimento, o reputado esgalhador de pedra Emanuel Paglieri, está a ser alvo de vários processos opinacionais com base em supostos plágios das obras de outros artistas.
O fundamento para tais acusações, que o próprio advogado do visado, o Dr. Zé Martel Judas, já veio a público refutar, por não se poderem, em essência, considerar verdadeiros plágios, é que Emanuel Paglieri fez as suas obras a partir das sobras das obras de outros artistas.
Tudo começou quando um simples transeunte, um pedreiro maneta e a sofrer de várias tendinites, estando a apreciar uma das obras de Paglieri postadas em praça pública, comentou involuntariamente: “Foda-se, e chamam a isto arte?! Às vezes quando estou a acabar de fazer um muro sobram-me bocados de pedra assim, parecidos co’ estes…”
Um crítico de arte do período do Paleolítico que ali se encontrava nas imediações levou o comentário a sério e tem vindo a fazer um trabalho de investigação, no sentido de averiguar se as obras de Paglieri são ou não, na verdade, o que sobrou a outros artistas na execução das suas obras. Para isso, mandou analisar várias obras escultóricas, procurando ver se as obras de Paglieri como que encaixavam naquelas, quais peças de um puzzle, provando-se assim a acusação de plágio, se é que de plágio se trata.
Emanuel Paglieri, por seu turno, já veio a público defender-se, e seguindo o conselho de um seu amigo tóxico-independente, viciado no pó, argumenta que não fez mais do que reciclar material excedentário, pois, segundo o que o seu tal amigo lhe disse várias vezes, “a pedra é uma coisa muito valiosa, não se pode desperdiçar de forma alguma… Tomara eu deitar a mão a muita pedra!...”
Outros artistas também já reagiram, e alguns parecem mesmo corroborar a sustentabilidade de tal acusação, como é o caso de Miguel Ângelo, que enquanto rematava umas pinceladas no tecto da Capela Sistina, não se coibiu de afirmar que, efectivamente, tem a noção de que Emanuel Paglieri se possa ter apropriado de restos do seu trabalho, como da estátua de David, donde, inclusive, retirou pedra em excesso, dando a ideia de que David posara para o mestre renascentista num dia de muito frio…
“Doutra vez foi um porta-sabonetes… Esse cabrão paga-mas!” – acrescentou ainda Miguel Ângelo.

Boas Novas para 2008

Boas notícias a abrir 2008! Correm rumores de que a tábua de salvação, afinal, para um ilídio municipal que corre o sério risco de se afundar esteja num protocolo ultra-secreto, mas aqui revelado à luz do dia. Tal protocolo, celebrado entre o Peloiro do Desporto e o ISN (Instituto de Socorros a Náufragos), prevê a formação em massa numa área fundamental para quem se vê, inevitavelmente, lançado neste mar de inércia e compadrio – a natação. É verdade.
Nas palavras do titular da pasta, emérito Dr. Estalo na Peida, “para sobreviver à queda nesse imenso e revolto oceano que vem alagando a nação castreja, só há uma solução: levar as pessoas a adquirir capacidades na arte de bem nadar em toda a banheira.” Diz ainda: “De há um tempo a esta parte, tenho vindo a reparar que este povo, reflexo da sua passividade, já tem o cu virado para o ar! Aí reconheci, de imediato, a posição em que se colocam os atletas à borda das piscinas. É exactamente aí que este Peloiro tem uma contribuição a dar, e eu, particularmente, dando o necessário estalo na peida para que o cidadão castrejo sinta aquele empurrão extra de que necessita para perder o medo à água...”
Dr. Estalo na Peida disse, está dito! Só peço que, chegando a minha vez, me dê o respectivo estalo, mas com meiguice...

Sugestão extra: pôr a correr o boato de que tal oceano de tão turbulentas águas não é, na realidade, um oceano de água, mas sim de vinho, ou então produzido a partir de lúpulos e maltes seleccionados... Quantos não se precipitarão de bom grado e dispensarão, até, o dito estalo na bunda?... À atenção da Confraria dos Mamados.