domingo, 10 de fevereiro de 2008

Em busca das Minas da Pasmaceira

Em terras de boa tradição cristã, como são as castrejas, é sempre bom ouvir histórias do esotérico misturadas com mitologia e crendice balofa, onde a ciência ocupa o lugar de Salomão. Tais histórias dão lugar a realizações literárias notáveis, tais como "O Nome da Japoneira" de DOISBERTO BECO entre outras mais recentes que todos conhecem. A última manifestação de tais fenómenos teve lugar, ao que parece, bem no coração da nação castreja e foi sua protagonista uma irmandade que decidiu, de forma espontânea, enveredar por espinhosos caminhos. Despojou-se de tudo o que era supérfluo, de todas as coisas mundanas, vestiu um hábito e cingiu os cilícios.
De cada vez que acontece uma coisa destas há sempre uma novidade. Os santos – sim, porque parece que esta irmandade está no caminho para se tornar uma lídima representante das vias da beatitude – iniciam uma nova vida, duma missão que os preecha e, à parte das habituais, têm sempre uma característica que o distingue das demais figuras da hagiografia cristã. Pertencendo já a uma espécie de Ordem guerreira, souberam que em caves bafientas jaziam, ocultos do olhar público, artefactos redigidos outrora por igrejos escrivas do tempo das cruzadas que, quando saira o foral D. Sancho I que restringia o consumo de morangueiro dentro de regias instalações frequentados pela plebe (mais conhecida como a HEPATIUS PROTECTIUS LEX) não tinham nada que fazer e, à falta de uma caixa de email farta em pornochanchada havia que ocupar o tempo. Estes artefactos encriptavam em si mapas que davam acesso aos mais impressionates tesouros que estariam guardados nas conhecidas Minas da Pasmaceira, que situavam bem no meio do reino perdido do Caciquistão para lá da cordilheira de Cotelo (isto para quem está na orientação Panchorra-Sul). Não foi de modas: havia que proteger estes tesouros e depois de ver três vezes seguidas o Filme "Indiana Jones” e Rambo, os nossos heróis reuniram um conjunto de técnicas que lhe permitiram, a posteriori, levar a cabo a magnífica e boamente cristã tarefa de chamar a si a responsabilidade de preservar esses tesouros para a posterioridade. Pronto, aí está um bom romance em perspectiva.