segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Votos de Boas Festanças


A Emissora Hertziana INIBE, na pessoa do seu Provedor, embaixador da cultura local, Ex.mo Sr. Pretérito Asneira, deseja a todos os seus ouvintes, particularmente aos surdos, moucos, ou a ouvir só de um lado, um Santo e Feliz Natal, recheado de ondas hertzianas de frequência duvidosa, susceptíveis de criar tremendas dores de cabeça e súbitas agonias... será dos doces desta quadra?

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Castro Daire no Mundo: Crónica da descoberta da Califórnia




pelo Professor Alípio Macieira Castanheiro

João Rodrigues Cabrilho foi talvez o maior castrense de sempre. Pelo menos, a sua influência na História do Mundo não teve comparação com os feitos de um outro qualquer castrense: foi o primeiro europeu a navegar pela costa da Califórnia, desembarcado na actual baía de San Diego em 28 de Setembro de 1542.

Neste meu artigo irei narrar os principais momentos deste grande feito:

Corria o ano de 1540. El-Rei D. João III concedia uma audiência a um homem de terras de Riba Paiva. Este homem, João Cabrilho vinha propor a El-Rei seguir o trilho de Fernão Magalhães e Sebastián El-Cano e contornar mais a norte a costa ocidental das Américas. El-Rei anuiu e pediu João Cabrilho que arranjasse um orçamento para tal expedição. Sem um minuto a perder, João Cabrilho arranca a galope rumo a Castro Daire de forma a pedir um orçamento junto da malta do comércio local. A zona comercial da altura era num pequeno povo extra-muros sito no sopé da serra do Montemuro chamado PAMELAS. Pedido o orçamento, João Cabrilho volta rápidamente para Lisboa de forma a reunir com El-Rei e com chanceler-mor. El-Rei quando viu o montante envolvido disse para João Cabrilho: "Epá, estás pirado! Isto é muito dinheiro! Eu não ando a roubar! Vamos mas é apostar em conquistar a China, para depois trazermos essas merdas todas bem mais baratas! Depois de nos abastecermos na China, então pensamos em ir para as Américas!." O Chanceler, presidente na altura da BASAE, retorquiu: "Desde que não tragam de lá o comer, por mim tudo bem."
João Cabrilho não desanimou e partiu para Espanha para vender o seu projecto pois tinha consciência de que lá apoiavam os bons projectos, não pagavam tantos impostos e arranjava tudo mais barato, especialmente o gasoil! O Imperador Carlos V aprovou o projecto e o nosso conterrâneo lá partiu rumo à Glória.

Ao desembarcar na agora Praia de Malibu no condado de Los Angeles, João Cabrilho ao observar que os indigenas andavam sempre a correr nas praias com indumentárias vermelhas repara que as mulheres ostentam PEIDAS GIGANTES e avantajados pares de mamas. Ele repara também que estes indigenas vivem, não em tendas, mas em boas casas com piscina. E eis que João Cabrilho proclama: "Doravante, as mulheres desta terra serão chamadas de PAMELAS em honra das mulheres da minha terra."


Apesar de João Cabrilho ser um grande navegador, ele não escapa aos vicios de qualquer castrense: quando vai para fora diz que não é Castro Daire. Actualmente, a malta diz que é de Viseu (especialmente no HAGÁ-e-CINCO). O ilustre Cabrilho dizia que era espanhol.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Ventos Natalícios


Aproximam-se os festejos natalícios e todos se desdobram em iniciativas que reproduzam um pouco dessa magia que anda nesta altura pelo ar. Vê-se de tudo: desde o mais simples e tradicional ao mais arrojado e inovador. E depois há quem cruze estas duas vertentes, ou seja, há quem consiga introduzir elementos inesperados em formatos que, em décadas, senão séculos, pouco ou nada mudaram.
É o caso do Presépio. Vêmo-lo reproduzido nos mais variados materiais: porcelana, cartão, areia, gesso, até chegarmos aos mais nobres, só acessíveis a carteiras mais cristãs, perdão, mais recheadas... Aliás, Presépios de valor tão elevado, que o próprio Cristo teria que passar anos a fio no ofício da carpintaria só para saldar a primeira prestação!
Mas vamos a factos: o ilídio municipal faz parte desse grupo de entidades que conjuga o antigo com o moderno. E assim, imbuído desse espírito de altruísmo de que o Natal também é composto, sendo também o tempo do perdão e da concórdia, decidiu empreender a construção de um Presépio humano, promovendo uma espécie de concurso público para o efeito. Todos podem participar, sendo que será dada especial prioridade aos elementos da nata política castreja.
Consta que o lugar para a maior parte das figuras já se encontra atribuído. Por exemplo, o Menino Jesus, figura central no Presépio, será destinado ao cidadão comum, isto é, ao munícipe, uma vez que se nasce e existe como o centro de uma grande promessa de redenção, o facto é que é ele sempre que acaba crucificado! E a cada nova patacoada do ilídio municipal é mais um prego, não pró caixão, mas sim para a pesada cruz que o povo é obrigado a carregar aos ombros, mercê de tais proverbiais argoladas do ilídio...
Mas continuemos. Crê-se existir uma certa dificuldade em encontrar quem possa desempenhar o papel de jumento, não por falta de meios, mas sim porque são tantos os que por aí se armam em burros, que difícil mesmo é escolher. Será uma selecção apertada... Já a Vaca, é a mesma coisa. Existe uma numerosa e preocupante abundância de pessoal que se dedica, quase em exclusivo, a avacalhar a coisa, pelo que a escolha também se torna difícil. É caso para dizer: entre tais vacas e burros... que venha um burro ainda maior e escolha!
O concurso, informo aqui, está aberto. O seu lugar de exposição será junto à Igreja Matriz, local de culto cristão. Só uma nota final para avisar os interessados: o lugar no cimo da Torre já se encontra exclusivamente ocupado, e por sinal por uma eminente figura da nata política castreja, a quem muito interessa posicionar-se num sítio de topo, estilo cata-vento, para isso não importando que umas vezes tenha que virar à direita, outras à esquerda, outras ao centro... Os ventos da política são caprichosos, mas também fazem parte deste Natal.

Puzzle da Política Castrense (3)


Uma ideia para o próximo ano

Este nossa linda terra precisa de sangue novo, ar fresco na politica castrense! É preciso dar às pessoas motivações para irem votar!

A solução pode estar num qualquer computador com Modem. A internet revela os talentos escondidos das pessoas, sobretudo talentos políticos. E que talentos!

Andava eu a fazer umas pesquisas nesse mítico melting pot que é o HAGÁ-e-CINCO quando apercebi-me que existem pessoas em Castro Daire que são verdadeiros líderes! Serão esses os nossos líderes futuros! Tenho cá um feeling...

Essas pessoas, nesse HAGÁ-e-CINCO, são verdadeiros agregadores do sentimento castrense. Vejam-se os casos de um tal TOCHÃO e de um Ex-Imperador de Roma, entre outros que têm quase tantos amigos e visitas comos os habitantes do nosso concelho. Estatísticas são estatisticas, eu sei...

Caso seja preciso uma lista para a Assembleia municipal, não vamos muito longe. Existe malta nesse HAGÁ-e-CINCO com um forte espírito de missão. Uma tal de Confraria dos Mamados, qual Academia de Atenas!!!!!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Puzzle da Política Castrense (2)


Pensamento do dia:

A politica castrense é como o jogo do Tangram: por muito que se altere a disposição das peças e se avaliem as formas num outro ângulo a área que ocupam é sempre a mesma!

Sugestão: Em Vila Nova de Barrelas não se joga Tamgram, só se joga a malha!!!!

sábado, 15 de dezembro de 2007

O Pantelhão Nacional


Narcísiotónio Malemérito Patacoeiras, esse grande vulto da nossa praça cultural e autor de brilhantes patacoadas, fez-me esta semana compreender o porquê de muitos dos fenómenos que ocorrem por terras castrejas. Diz-me ele que as pessoas, como eu já advogara, precisam mesmo de um rastreio visual para poderem ver as coisas como elas realmente são. Mas passo a citá-lo de imediato, sem mais delongas retóricas:

“... Por exemplo, Inquiridor Faifas, o suposto atraso nas obras, com os seus adiamentos ad eternum, corresponde, na realidade, a um adiantamento, ou, se preferir, a um avanço de matriz cultural que custa ao cidadão castrejo mediano compreender dentro dos estreitos limites das suas capacidades. Cada vez mais, os governantes destas terras procuram um alinhamento com a História do País e com todos os símbolos e estórias que fizeram dele o que é hoje – este paraíso da trafulhice e do bota-pra-lá! E estão a consegui-lo, indubitavelmente! Repare, Inquiridor Faifas, você, melhor do que ninguém, pela sua formação académica historiográfica, sabe o quão entranhada nas vísceras da alma lusitana se encontra a narrativa mitológica das obras de St.ª Engrácia, local entretanto convertido em edifício do Panteão Nacional, e onde honrosamente repousam alguns dos expoentes máximos da nossa cultura.
É exactamente este o projecto dos governantes castrejos para a sua terra: transformá-la numa espécie de Capital do V Império, com todas as figuras e monumentos que o aglomerado olissiponense ostenta. Mas, é claro, tem de haver adaptações, porque a Princesa Serrana... é sempre a Princesa Serrana, e isso metrópole alguma poderá ensombrar.
Posso, entretanto, levantar um pouco a ponta do véu que tapa este tão grandioso projecto: como as coisas têm e devem ser feitas de acordo com os padrões locais, estou em condições de afirmar publicamente que em breve – digamos, daqui por duas gerações... - teremos as nossas obras concluídas: as obras de St.ª Semgrácia! Finalmente! Nessa altura, os cidadãos castrejos, em romaria, poderão visitar o interior deste majestoso projecto, podendo então contemplar as tumbas de algumas das individualidades que mais se destacaram no panorama cultural castrejo: Amália Vigarigues, fadista de renome e intérprete, entre outros temas, desse tema tão genuínamente castrejo, “Povo que lavas dinheiro”; João dos Meus, esse grande peidagogo, prolífico autor, que lavrou pelo seu punho próprio o “Quartilho Maternal”, sobre a quantidade de vinho tinto a ser considerada na confecção das Sopas de Cavalo Exaurido, iguaria local que tão importante papel desempenhou na morigeração das gerações castrejas pelas suas figuras maternais; e, para não referir outros, Almeida Garrote, literato eminente (e também litrado...), em relação ao qual não poderemos nunca deixar de referir esse conjunto tão ímpar de poemas reunidos sob o título de “Notas Caídas” (subtítulo: “...do Bolso do Contribuinte”).
Estas e outras figuras gozarão com certeza um merecido sono eterno na reclusão dos seus sarcófagos no interior do edifício do Pantelhão Nacional. Mas, é claro, como em relação a qualquer Pantelhão, há sempre chatos que gostam de intervir e de causar, como dizê-lo metaforicamente? ah, uma certa comichão, é isso. Mas como já diz o outro, quem tem chatos que se coce, e bem vistas as coisas, numa terra onde tanto impera a micose, os chatos tornam-se um espécimen imprescindível à sobrevivência e equilíbrio do ecossistema político!...”

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Figuras e figurões...


Ao longo dos tempos, sempre houve quem trabalhasse... e quem visse trabalhar. Sempre houve quem fizesse... e quem dissesse que ia fazer. Sempre houve quem os outros quisessem que aparecesse... e quem quissesse aparecer à força toda perante os outros! Há de tudo neste mundo, o Sol e a Lua, o dia e a noite, o ruído e o silêncio, os de dentro e os de fora, os que estão connosco e os que estão contra nós...
Fora isso, há outras coisas também dignas de registo. Como quem sabe acompanhar o ritmo dos tempos, por exemplo. E nós, até como pequeno lugarejo que somos, temos mesmo de andar alinhados pelos maiores, porque senão ainda nos espezinham como a uma barata! É tranquilizante saber que os nossos governantes castrejos também assim pensam, desta maneira, senão... o que seria de nós?
Assim, ao ver no quiosque a página frontal de um reconhecido pasquim local, respiro de alívio, porque vejo que andamos a seguir as políticas nacionais de fazer as pessoas trabalharem até cairem de podres!... Reformas? Está bem, está! Quando tiveres recebido a extrema unção passa por cá que falamos nisso!... É assim.
Mas que bela e tão representativa imagem, é o que vos digo. Lá estão eles, os do povo, a trabalhar, vergados sobre o seu ofício; e ao seu lado, como não podia deixar de ser, seguindo as linhas mestras das políticas urdidas a nível central, uma figura política que, para evitar confusões, mostra inquivocamente que o é: não está vergada sobre nenhuma tarefa, tem um sorriso estampado no rosto e, significativamente, os braços estão cruzados...

Rastreio Visual para Zarolhos


Atenção! Da autoria do departamento de imprensa do ilídio municipal, um assunto da mais grave importância!
Depois de ter feito um Rastreio Visual às crianças do 1º ciclo, eis que aquele mesmo ilídio municipal teve por bem alargar a iniciativa a toda a comunidade. E em boa hora o fez, porque o meu puto já fez o teste, eu também, e por isso o recomendo vivamente a qualquer munícipe. A mim, garanto-vos, fez-me um bem danado! Não via um boi à frente de um palácio, e agora vejo o boi, mas o filho-da-puta do palácio desapareceu!...
E não se esqueçam também do porquê que levou o ilídio a promover este rastreio junto da população local. É que os seus altos responsáveis, reunidos de emergência no GP (Gabinete da Presunção, órgão a que já fiz menção noutras intervenções...), deram-se conta de que só podiam estar diante de um grave caso de saúde política, quero dizer, pública!...
Palavras proferidas durante a reunião, e que perspiraram para o exterior:
...
- Porra, ó Amália, isto não é possível...
[Interferências: som de micose a ser arduamente coçada...]
- ...estás a ouvir, ó Amália?...
- Não, ó Giro e Roto! Não vês que estou ocupada a ensaiar o “Fado da despedida”?
- “Da despedida”?
- Sim. Vou ver se ponho a andar para aí uns elementos incómodos, e quero fazê-lo em estilo...
[Novas interferências: som de guitarras a ser afinadas por um tipo que é surdo]
- Os nossos munícipes só podem estar cegos que nem toupeiras!
- Porquê, Giro e Roto?
- Então com tanta merda que a gente faz, e eles não vêem nada?!... Temos de fazer um Rastreio Visual!
- Oh! O GAF* que faça isso!...
[Reaparecem as interferências: som de cascas de amendoim e de um jogo da Champions de fundo]
...
Fim de transcrição. Eu, por mim, espero sinceramente que este Rastreio Visual resolva muita coisa por estes lados. Mas a minha fé, na verdade, é que já há por aí muita gente que já vê alguma coisa. Não diz é nada!
Mas eu tenho a solução: a seguir ao Rastreio Visual, é disponibilizar para aí umas consultas ao Urologista, seguidas de uma série de sessões intensivas de Terapia da Fala, que é para ver se o pessoal, definitivamente, ganha TOMATES e DIZ O QUE TEM QUE SER DITO!...

*GAF – Gabinete de Apoio às Fífias

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

O Bom, o Mau... e o Trapalhão


Afinal eu tinha razão! Não é só aquela rotunda lá em cima que tem a sua génese em qualquer coisa de sensacional que o olho comum não consegue descortinar. Por exemplo: a encruzilhada junto ao Jardim. Soube agora, após muitas horas de estudo apurado, que, na realidade, o que ali temos é uma grandiosa homenagem a um dos ícones maiores da cinematografia do século XX - essa pérola do "western spaghetti", O Bom, o Mau, e o Vilão. Trata-se, pelos vistos, de uma espécie de remake do filme, uma vez que os condutores, quando ali chegam em simultâneo, todos se põem a inquirir o camarada a ver quem saca primeiro...da primeira!!! Vem aquele vento que desce directamente das encostas do Montemuro, levantando consigo o pó dos pinheiros, o tempo parece congelar-nos na garganta, e eis que está criado o setting para o trielo fatal que encerra a fita.
Os motores aquecem, as mudanças são engrenadas, os olhares cruzam-se, mortíferos. Há um odor a morte no ar, e os arranques estão iminentes, podem dar-se a qualquer momento... De repente, um automobilista saca o pé da embraiagem, o chaço precipita-se sobre o asfalto e... foda-se, não tinha a prioridade!!!
Tudo acaba num piscar de olhos relampejante. Chega-se ao fim. E assim é escrita uma das páginas mais grandiloquentes da... Declaração Amigável de Sinistro Automóvel, numa fita que ficará para sempre conhecida entre as companhias de seguros como O Bom, o Mau... e o Trapalhão!!!...

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Filosofia da rotunda


Não pude ficar indiferente a esta recente polémica sobre a tão famigerada rotunda lá ao pé da loja das televisões. Também eu circulo diariamente pelas ruas desta vila, e também me vou apercebendo de formas e obras muito peculiares. Mas não sou uma pessoa de polémicas. Na realidade, faço sempre um voto de confiança nas pessoas e procuro sempre descobrir, para os actos dos outros, uma razão talvez mais remota, não tão imediatamente acessível, que justifique porque decidiram fazer uma coisa de determinada forma. E o facto é que chego a conclusões que nunca se esperariam. Por exemplo, nada tenho contra essas alterações no trânsito da nossa vila, porque em todas essas obras eu tenho descoberto o seu verdadeiro motivo, motivo esse que em muito contribui para a modificação, para melhor, refira-se, dos hábitos e costumes das gentes castrejas.
A tal rotunda constitui, na verdade, um exemplo de como não nos devemos deter perante os imprevistos e ocorrências mais impensáveis, aprendendo, em vez, a contorná-los. Foi o que fiz a primeira vez que ali passei. Agora já me habituei. E o que é que ficou daí? Bem, posso dizer que sou um homem novo. Agora, perante a coisa mais bizarra que me apareça à frente, não me fico, inerte e perplexo, nem critico ninguém. Procuro antes encontrar em mim a forma de superar o inusitado obstáculo. E isto ajuda-me em tantas outras coisas da minha vida, como, por exemplo, quando necessito de evacuar e a vontade começa a sobrepor-se, de forma vigorosa, à capacidade de resistência do esfíncter, não havendo um WC por perto, logo a minha faculdade de superação de obstáculos sonda o terreno em redor, em busca de uma giesta ou de um pinheiro que possa servir de biombo aos meus alívios mais recônditos. Em última instância... borro-me todo!

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Direito de Resposta

Tendo sido contactado novamente pelo Sr. Orlando Simões de Freitas Lúcio, de Pendilhe, vejo-me na obrigação eu diria jurídica de lhe conceder o direito de resposta perante os comentários que lhe foram dirigidos na sequência da sua apreciação sui generis a uma certa rotunda. A sua resposta também me parece rotunda, mas nem isto deveria eu dizer, sob o risco de soar a parcial.
Cito-o, então:

“Minha cara senhora, da minha burrice faço eu ponto de honra, e não tolero que ma critiquem jamais, ou que a ponham em causa. Sou burro e assumo-o, ponto final. Mas tal como o Einstein, que era um génio, apenas previa ser compreendido por outro que fosse também um grande génio, eu só espero também ser compreendido por alguém que, na razão da minha semelhança, também seja um grande burro, ou BURRA!
Ao Einstein, poucos ou quase nenhuns compreendiam, excepto os grandes génios. Mas a mim, que não sou génio mas burro, e com orgulho, a senhora demonstrou, ainda que discordando, ter compreendido muito bem o meu discurso. Isso é significativo, até porque, de outra forma, não se revoltava.
Eu, como já disse, não sou um génio, mas sim um burro. Porém, a minha linguagem foi por si reconhecida. Que lhe posso dizer? Obrigada, minha senhora, por não ser um génio!”

Aqui fica, para quem de direito.
Sic transit gloria mundi, já dizia o outro!

Paisagens da nossa terra


PINHEIRO - CASTRO DAIRE
Eis uma fotografia da nossa bonita terra. Esta sacada da Net

PRÉMIO TOMATES TAVEIRA (2)

Caríssimos,

É com todo o prazer que divulgo a primeira contribuição para nomear o vencedor do Prémio TOMATES TAVEIRA de 2007!

O Orlando Limões de Freitas Lúcio que nos escreve de Pendilhe diz o seguinte:

"O que mais me mete impressão em Castro Daire é o PEIDO em forma de rotunda que está ali na rua das finanças ao pé da loja das televisões. Não percebo qual é o interesse daquela merda ali! Afinal já não passam tantos carros como antigamente desde que abriram o IP3\A24. Não percebo nada! Devo se eu que sou muita burrro." (fim de citação)

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

PRÉMIO TOMATES TAVEIRA


Olá a todos!

É com satisfação que vos comunico que a I edição do certame CU-À-MOSTRA teve um sucesso tremendo. Com sucesso tal, a gente não deve ter medo de lançar mais medidas culturais no sentido de promover a cultura Castrense. De tal forma que será instituído o Prémio Tomates Taveira para distinguir aquelas obras castrenses que mais fazem para transformar esta nossa terra no CU de Portugal.

As nomeações serão feitas pelos nossos fieís internautas por indicação expressa dos mesmos na categoria "Só sabem estragar! que merda é esta?".
Aguardamos os vossos contributos que, tal como as fotos, serão publicadas neste fórum!

O prémio para a melhor contribuição será contemplado com ele todo lá dentro de uma querida qualquer chamada Suzineide...!

Patacoadas...

Eu, Inquiridor Faifas, passo a citar o conteúdo de uma missiva que me chegou via pomba-correio, vinda das mãos desse grande Doutor das Letras, Narcísiotónio Malemérito Patacoeira. Que bela pomba, Narcísiotónio!... Cito:

“Mais cedo falaras, mais cedo viera eu a público mostrar o meu semblante. E digo-te, Faifas, não é um semblante alegre... É, antes, um semblante carregado de tristeza. Na verdade, sinto um tal luto, como morrera em mim toda a razão para ser feliz. Isso aconteceu depois de ler a tua reportagem sobre o Certame “CU-À-MOSTRA.” Este Certame, se para muitos foi um motivo de satisfação, para mim, na realidade, lançou-me a alma num negrume, que dele não vejo saída possível.
Como sabes, Faifas, eu sou um pacato cidadão da Freguesia do CUSÓ, e, como decerto compreenderás, um cu só é um cu triste, e isso ainda mais quando todos os outros cus andam por aí, a pavonear-se publicamente, a mostrar as suas curvaturas adiposas, as suas fartas penugens, e a gabar-se das suas espaventosas proezas... Também o meu cu tem essa ambição, mas eu já lhe disse que quando ele abre a boca é só para dizer merda, e que, portanto, ele devia abandonar a ideia. Tem estado deprimido e recusa-se a trabalhar. Eu, em consequência, ando preso há 15 dias!...
Amigo Faifas, como explicar ao meu cu que estamos forçados, pelas ancestrais leis da Freguesia do CUSÓ, a manter os nossos cus no anonimato? Por outro lado, não posso ignorar que vivemos tempos de revolução, e que, portanto, qualquer cu tem o direito a gozar dos ares da liberdade. Eu sei, eu compreendo... Os cus são como as pessoas: gostam de ser afagados, que lhes passem a mão, que lhes dêem carinho. Eles, em compensação, depois também nos mostram o que de melhor trazem dentro de si, deitando cá para fora o seu verdadeiro eu...
Por isso digo, contra todas as leis: UM CU SÓ É UM CU TRISTE; UM CU QUE SE MOSTRA... É UM CU FELIZ!... Vamos todos mostrar o cu ao manifesto, camaradas!...”

E eis que assim termina a minha citação. O resto não interessa. Eram apenas indicações sobre a melhor forma de guisar a pomba.

sábado, 17 de novembro de 2007

I Edição do Certame “CU-À-MOSTRA”


A todos os que acusam estas terras dessa maleita crónica denominada “marasmo cultural”, aliás tão crónica que já havia quem pensasse que se tratava de uma enfermidade incurável, e que só morrendo o bicho é que morria a peçonha, aqui fica o exemplo da pujante vitalidade cultural que vai vicejando por estes lados: refiro-me a um evento que, a par com outros, decorreu no Verão de S. Martinho, juntando muitos populares.
Óbvio que as castanhas e o vinho ajudaram muito. É aliás notório que onde haja de comer e beber a “culturalidade” do evento acabe por se tornar um aspecto mais ou menos lateral. O que importa é encher a leira. Se o que lá está é uma escultura do tempo dos Budas ou um penico em barro da Oficina do Ti Zé Maria, em Ribolhos, isso é irrelevante.
A I Edição do Certame “CU-À-MOSTRA” veio pôr a nu toda uma série de artefactos que achamos serem de extrema utilidade para futuros estudos antropológicos, pela quantidade de matéria para estudo que encerram. Podemos ali aprender muito sobre a maneira de ser das gentes castrejas. Claro que o principal elemento a destacar consiste na figura do “rabo”, o qual se encontra na encruzilhada de muitas das actividades que enformam o tecido social e económico destas terras.
Primeiro, há que referir que o pessoal anda habituado a agachar-se cada vez mais, e com tendência a piorar. Naturalmente, quanto mais uma pessoa se agacha, mais se lhe vê o rabo, e daí que, por princípio, uma pessoa devesse evitar ao máximo agachar-se, pois podem ver-lhe o rego ou ter outros vislumbres bem mais insuspeitos. E depois há também a questão de ninguém gostar de expor o seu rabo desta maneira, correndo o risco de, ao encontrar-se, precisamente, nessa posição, alguém, ainda assim, o reconhecer. Isto seria muito desagradável, pois sendo reconhecido pelo rabo, o indivíduo teria todo o direito a concluir que tinha cara-de-cu. É razoável, contudo, que se pense assim.
Em segundo lugar, o cidadão médio tem todo o direito a reclamar das condições de vida que lhe vão sendo impostas, e é claro que o cidadão castrejo não pode ser considerado uma carta fora do baralho. Também a ele lhe impõem severas condições de vida e entraves ao seu desenvolvimento, e, por isso, o cidadão castrejo, em todas as circunstâncias em que se aperceba de que o querem tapear, tem todo o direito a vociferar: “Porra, já me estão a ir ao cu!” Metaforicamente falando, é claro.
Mas o que importa relevar, em todo o caso, é o cu, ou seja, o rabo. O rabo é, por assim dizer, o interface de comunicação do indivíduo com o mundo que o rodeia, tornando-se, por essa via, uma espécie de palimpsesto. Não admira, portanto, que o devamos considerar como uma fonte virtualmente inesgotável de informação para aquele que se esforça por compreender a maneira de ser própria destas gentes. Mas isso deixo para os académicos, tal como o eminente Dr. Narcísiotónio Malemérito Patacoeira, especialista em patacoadas, e de quem espero ter uma contribuição brevemente nestas páginas virtuais.
Entretanto, uma última palavra para a propriedade da época que escolheram para a realização deste evento: o Verão de S. Martinho. É indiscutível que castanhas assadas e rabo são, indefectivelmente, dois elementos que casam na perfeição. Embora, por vezes, tal relação se possa tornar tempestuosa, o facto é que se trata de uma união indissociável, selada pela natureza própria das coisas.
Cá ficaremos, pelo nosso lado, ansiosamente à espera de mais uma edição do “CU-À-MOSTRA”, pois, está visto, é de “CU-À-MOSTRA” que o povo gosta!...

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

ACEITAM-SE FOTOS DA NOSSA TERRA, SOBRE A NOSSA TERRA E DAS NOSSAS GENTES (Claro)!!!!!!!!!


Quem quiser ver publicadas fotos sobre Castro Daire (Paisagens, Insólitos, situações diversas e com as nossas gentes) poderá fazê-lo com auxílio deste nosso/vosso Blog. Para isso enviem as vossas fotos para o mail castrodaire_blog@hotmail.com.

Agradecemos toda e qualquer contribuição!

No entanto: toda e qualquer foto enviada terá de ser escrutinada segundo os critérios editoriais deste Blog!
Todas as solicitações terão resposta atempada.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Dieta de Emagrecimento nas AEC

É louvável, numa era em que os maus hábitos alimentares estão instalados e a própria produtividade das economias nacionais se ressente com problemas anteriormente tão impensáveis como a obesidade, que um “idílio” municipal tenha iniciativas que contribuam para a perda de peso por parte dos seus cidadãos. Além disso, contribui também, como verão, para a requalificação de certas expressões linguísticas que, anteriormente, colhiam uma má impressão por parte dos falantes do idioma português. Exemplo disso é a expressão “trabalhar a seco!” Isto é, vergar a mola, no duro, sem ver nada!...
Em deambulações por esta terra, chegou-me aos ouvidos que os funcionários da Universidade Para Crianças, que aí ministram as cadeiras de AEC – A Escravidão Consentida -, já não são remunerados de há dois meses a esta parte, ou seja... desde que começaram a trabalhar! Há pouco tempo, portanto, segundo os padrões regionais...
Pensais que é mau? Condenais o idílio municipal porque não paga a quem trabalha? Estais redondamente enganados! O idílio preocupa-se, e muito, com a saúde dos seus trabalhadores. Por isso engendrou este PEIDO – Plano de Emagrecimento Integral Dirigido a Otários -, na linha de outras merdas que costuma fazer. A táctica é privar os trabalhadores que endoutrinam a diciplina de AEC do graveto que lhes permite comprar os víveres indispensáveis à sua sobrevivência.
Ao fazê-lo, conseguem controlar a voracidade e a gula de tais indivíduos, reduzindo-lhes drasticamente o peso a curto prazo. Menos pesados, é claro que ficam mais ligeiros e, logo, mais aptos para o trabalho, aumentando a produtividade, além de que elimina potenciais quadros de hipertensão arterial. Um plano, portanto, genial!
Há realmente quem não durma e pense no bem-estar dos outros. Quanto ao dinheiro que deveria servir para pagar a estes indivíduos, deve andar para aí metido dentro dum saco não sei de que cor...
Também se não aparecer, não há problema. Como dizia o outro, a saúde é uma coisa que não tem preço, e, portanto, dinheiro algum a poderá pagar! Por isso, longa vida ao idílio municipal, porque pensa em tudo e em todos, até só neles próprios!...

ÚLTIMA HORA: Consta que, a instâncias do idílio, a “Sopa dos Pobres”, multinacional na área da Restauração, irá abrir uma filial por terras castrenses. Eles não deixam ninguém desamparado. Eles pensam em tudo. Gente boa...

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Cada cabeça, sua sentença, cada artista, seu calhau...

A criação artística é realmente das coisas mais extraordinárias de que um ser humano é capaz. Eu próprio, se tivesse mais tempo, dedicava-me de corpo e alma à arte. Aprendia um instrumento, a esculpir pedra, a pintar quadros... Assim, como não disponho de muito, tenho de me contentar com uma tela que lá tenho em casa, a qual vou borrifando com tinta, conforme os desencargos me permitem.
Porém, a paixão que desenvolvi, entretanto, pela pintura é tal, que tenho tirado horas ao sono, e, a pouco e pouco, tenho vindo a especializar-me em naturezas mortas. A minha fonte de inspiração? Castro Daire. Mas isto, atenção, só porque não tenho realmente disponibilidade para aprimorar o meu talento. Também por isso, não podeis concluir que as minhas obras reflectem a minha maneira de ser. Reflectem antes a falta de tempo para realizar a minha maneira de ser, o que é diferente, e daí as naturezas mortas...
Outros há, contudo, bem mais sortudos, que criam arte, e a arte que criam tem um elo directo com a sua maneira de ser. Ou seja, a obra espelha a alma do artista.
Passeiem pelas ruas da vila e verão, se abrirem bem os olhos, quantas obras de arte não existem à nossa volta, até debaixo dos nossos pés, quando passeamos serenamente... É só procurar. Ultimamente, até reparei, em especial, na profusão de pedra que há por aqui. Penso: Eeeeena, tantos calhaus!!! De quem será a autoria de tal "masterpiece"? - pergunto-me eu, totalmente maravilhado.
Desde então, tenho procurado por todo o lado e mais algum pelos autores de tantos, tantos calhaus...Quero conhecê-los, imbuir-me da sua mestria, tornar-me permeável aos seus ensinamentos, para que possa, ao menos, ter um vislumbre da sua genialidade, e descubra em que medida tais calhaus são sintomáticos do que os artistas são, ou seja, saber até que ponto os referidos calhaus espelham a alma de tais sumidades...
Mas tenho tido dificuldade em encontrá-las. Onde andam elas?...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

O toque de Midas

Vejo tantas coisas a acontecer fora do normal nesta terra, que às vezes creio existirem por aqui forças paranormais. E depois já espero que tudo aconteça: mulheres de barba, homens-elefante, políticos sérios... Já estou por tudo, como se costuma dizer.
Agora tenho reparado, e tenho até estudado, certos fenómenos que, na sua medida própria, parecem reproduzir certas faculdades que nos habituámos a ouvir em histórias do fantástico, em fábulas, etc. Só a título de exemplo, e porque esta é talvez das que mais têm aparecido, vou demonstrar-vos a factualidade do que arguo: tenho constatado, no decurso das minhas indagações, que há pessoas que estão em certos cargos de responsabilidade, sejam eles mais elevados ou menos, e que para lá vão a pretexto de ideais que estão supostamente acima delas próprias: servir os outros, ajudar a comunidade...
Estas são as bandeiras que sacodem, bem alto no ar, quando querem ir para lá. Prometem que vão fazer assim. E é que o fazem mesmo, ainda que seja só por um determinado período – errado fora, desde logo, revelar o seu dom particular. E que dom é este?
Pois bem, é aqui que entra o elemento do fantástico. Lembrais-vos, com certeza, da história do Rei Midas, que desejou que, ao seu toque, tudo se convertera em ouro, no que foi atendido, acabando o feitiço por se virar contra o feiticeiro, porquanto não podia alimentar-se... Por terras castrenses, e não querendo apontar o dedo a ninguém, porque os resultados do meu estudo não são imediatamente conclusivos, embora me permitam, desde já, tirar ilações com alguma segurança, o que sucede, em muitos e variados casos, é um fenómeno semelhante, ainda que com uma especificidade sui generis.
Há gente também com o que poderíamos chamar o toque de Midas, mas com uma diferença, porque essas tais pessoas começam a mexer nas coisas e elas transformam-se em tudo, menos em ouro! Na verdade, depois de se “instalarem” bem instaladas, revelam a sua verdadeira natureza, e revelam, também, o seu toque especial, o toque... de Merdas!
Porque depois, onde tocam, só fazem merda!... É extraordinário! Ele há realmente coisas... Pergunto-me só: seguir-se-lhes-á o mesmo fim que ao Rei Midas?... Irão eles acabar por “morrer” na merda que eles próprios fizeram? O futuro nos dirá..

sábado, 27 de outubro de 2007

Um Bom Exemplo

Bem sabeis o quão dura é a tarefa que me espera todos os dias, de fiscalizar os actos oficiais praticados por terras castrenses. Já reza o ditado, e com razão: é um trabalho sujo, mas alguém tem de o fazer. Umas vezes é uma nodoazita que cai, nem se nota; noutras é uma borratadela em cheio na camisa; e noutras, enfim, emporcalho-me todo!... É conforme a gravidade dos desvios às boas normas de conduta administrativa.
Na semana passada, por exemplo, dei comigo a fazer uma visita a um dos mais conceituados bastiões da hierarquia política local. Por haver tantos, é sempre difícil ao leitor adivinhar a qual deles me refiro. Vou ajudar. Trata-se de um serviço cuja missão é a de prestar apoio ao GP – Gabinete da Presunção -, cobrindo-lhe a retaguarda em matérias que vão desde o simples auxílio burocrático a estar presente em cerimónias de cariz protocolar. Ou seja, na prática, podemos designar tal serviço… por um grande tacho!
Ora, e onde há um grande tacho há sempre um frade barrigudo! Aliás, trata-se de um dos requisitos eliminatórios para se poder exercer funções nesse dito serviço: ter uma pançola farta, e gostar de a ostentar alarvemente! E assim é no GAF – Gabinete de Apoio às Fífias -, local que me vi obrigado a visitar no decurso das minhas funções.
Muita mudança parece ter por ali ocorrido, e, segundo me disseram, para melhor. Mas eu precisei de o comprovar na prática, e, assim, eis aqui o fruto das minhas indagações. Pude atestar, presencialmente, que, no GAF, o funcionário não vai mesmo além de um frade pançudo que passa a vida a desviar a barriga das ilhargas para poder dar um passo em frente! Pois pudera! Passa os dias nessa actividade tão sumamente política de “encher a leira”, que outro desfecho não seria de esperar! O homem está devidamente capacitado, asseguro-vos!
E antes que me desdobre para aqui em elogios à sua tão proeminente pessoa, vou apenas referir uma das inovações do seu mandato: revogou a anterior lei, ali vigente, da Vacatio Legis (o vazio da lei), e instaurou, em sua vez, a figura da Vacatio Lérias, bem mais adequada aos hábitos e costumes desta pequena República das Bananas, Princesa Serrana, Castro Daire. Contem com o homem, é o que vos digo!
E quanto à presunçosa massa dirigente que ocupa o GP, que não se aflija, porque os flancos estão protegidos, e bem, queira Deus dar longa vida a esse frade barrigudo, baluarte máximo das vossas fífias!
Porque com o GAF… não há homem honesto que se safe!... Olé!!!
MOMENTOS CHAVEZ, como diria o Pacheco Pereira
"Autarquia de Castro Daire ajuda crianças carenciadas no regresso à escola""No início do presente ano lectivo esta foi uma boa surpresa para estas crianças e respectivos agregados familiares."Eis uma daquelas noticias que ilustra bem a categoria dos nossos políticos. O site da câmara é profícuo nestas coisas. Propaganda da mais reles qualidade, é o que vos digo. Perdoem-me a ligeireza com que tratarei este assunto, mas um descaramento como este merece duas palavrinhas mais corrosivas. Sempre me lembro das crianças de famílas com mais dificuldades receberem livros, material escolar e alimentação desde a primária até ao 12º Ano. Mais, nem só as mais carenciadas recebiam esta ajuda. Eram quase todos, inclusive filhos de emigrantes com tudo e mais alguma coisa, que apenas sofriam do mal da fartura, também recebiam apoio do Estado. Era o bendito "Escalão". Era uma alegria, dava para todos.Era só o que mais faltava, agora, a câmara não cumprir o seu dever. Digo mais, se o nosso executivo municipal soubesse exactamente a necessidade que muitos municipes passam, sobretudo crianças de tenra idade, com certeza sentir-se-ia embaraçado com estas campanhas.Mas eu sou um tipo porreiro. Eis a versão benigna: A nossa presidente tem muito bom gosto para camisas com temas tropicais e que a fotografia que está no site da câmara não foi lá posta apenas para que os municipes veja que se gasta muito dinheiro em esfregonas vileda...

sábado, 20 de outubro de 2007

Puzzle da Política Castrense

Como a vida de um homem não pode ser só trabalho, senão embrutece e embandeira numa qualquer espécie de ser misantropo, eu também tenho os meus hobbies. Entre eles, um, particularmente, me vem ocupando nos últimos dias: a construção de puzzles.
É uma actividade muito relaxante e à qual vou dedicando preciosos minutos. Não é meu costume escolher nenhum tema em específico. Habitualmente, contento-me com paisagens, fachadas de castelos, pequenos aglomerados de casas, enfim, tudo o que possa ter algum interesse e constituir, ao mesmo tempo, um desafio para mim.
Mas, num destes dias, permiti que o meu trabalho irrompesse um pouco na esfera da minha vida privada. Assim, decidi que faria um puzzle sobre a vida política da nossa terra, com todas as figuras que a compõem. Não foi difícil encontrá-las, quanto mais não seja porque, cada uma à sua maneira, todas procuram o seu protagonismo. A maneira como o atingem é que nem sempre é a mais católica. Mas isso são contas doutros rosários. Ao que interessa.
Pois eu já tinha recolhido todas as figuras políticas, as que governam (estará este verbo correctamente empregue?...), as que se opõem à forma como aqueles governam, e as que são, simplesmente, verbo de encher. Juntei-as todas, recortei-as a preceito, espalhei-as em cima de uma mesa, e comecei a fazer o puzzle.
Escusado será dizer que não tive grande dificuldade. Pudera! Se tinha sido eu a fazê-lo de raiz... Mas, como não contente comigo próprio, desfi-lo, logo que completo, e, para mera recreação pessoal, recomecei a fazê-lo, mas, desta vez, virando as peças de patas para o ar. Desta vez foi mais difícil. Andei ali às apalpadelas, mas tudo saiu bem, e, às duas por três, estava o puzzle de novo inteiro.
E agora? Estaria tudo no seu sítio devido? Confesso alguma excitação antes de voltar o puzzle. Mas nem hesitei. Voltei-o e... nem podia acreditar!... De facto, todas as peças se encaixavam umas nas outras, perfeitamente, mas as peças não estavam todas no mesmo sítio em que haviam estado da primeira vez. Mais: havia figuras políticas que, por capricho, estavam agora a ocupar sítios impensáveis. Por exemplo, uma figura da oposição tinha ido parar ao sítio de uma figura do “poleiro”, vice-versa, e outras situações afins. Inacreditável!...
Mas, depois de olhar uma e outra vez para aquele resultado, vi que, afinal, o puzzle, daquela maneira, continuava a fazer sentido. Porque seria?... Porque seria que ter uma figura do “poleiro” num sítio era indiferente a ter lá outra da oposição? Olhei com minúcia para as peças em causa. Ah! Eis resolvido o mistério! As peças, sejam umas sejam outras, tinham todas o mesmo feitio, e por isso, o puzzle fazia sempre sentido e mantinha sempre o mesmo reles valor. Então vi a solução para o puzzle da política da Princesa Serrana, essa vila beirã aninhada entre fragas e giestas: eram precisas novas peças... São precisas novas peças, que não se encaixem neste puzzle e queiram fazer um novo!

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Eis que me faço anunciar ao povo de Castro Daire...aqui vai a primeira das minhas amarguras!Adoro a minha terra...mas irrita-me a sinalética de Castro Daire. Quem conduz a sinalização do na nossa terra ou anda muito em baixo, ou então não quer saber daquilo para nada. Triste.Afinal, um gajo quando entra na nossa terra, seja lá por onde vier tem de saber que está em Castro Daire! As placas que indicam caminhos (as poucas) que existam têm de indicar para onde se vai e para onde se pode ir. Com certeza o dinheiro esgotou-se, assim como a capacidade e dos responsáveis em assimilar informação depois dos 500 mil sinais que existem num só rotunda. Também não deve ser preciso. Pra quê? De casa para casa da família já se deve conhecer o caminho, suponho...Isto pode ser apenas uma ninharia, mas as pessoas de cá têm de se identificar com a sua terra, amarem-na e lutarem pela sua dignificação, sobretudo na diáspora. Quando alguém nos pergunta de onde somos, temos que ter orgulho em dizer que somos de Castro Daire! Não somos de Viseu! Querem um exemplo: basta ir ao hi5 e ver onde a malta nossa conterrânea se situa geograficamente e identifica!Uma sugestão: só pode ser aceite no grupo Alkunhas , quem for de Castro Daire! Tonhão, regista aí....